Política

Milton Ribeiro preso: Bruno Reis lamenta "escândalo de corrupção" no MEC

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Prefeito de Salvador lamentou escândalo de corrupção  |   Bnews - Divulgação Foto: Joilson César/BNews

Publicado em 22/06/2022, às 10h48   Nilson Marinho e Vinícius Dias


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Prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil) comentou a prisão do ex-ministro de educação, Milton Ribeiro, decretada na manhã desta quarta-feira (22). Ribeiro é acusado de crimes de tráfico de influência, prevaricação, advocacia administrativa e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.

Expedido pelo juiz federal Renato Borelli, no âmbito da operação "Acesso Pago", o mandado determina que o ex-ministro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, para realização de audiência de custódia, prevista para quinta-feira (24).

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Durante entrega do novo bicicletário do Movimento Salvador Vai de Bike (MSVB), na Ribeira, que aconteceu na manhã desta quarta (22), Bruno Reis foi questionado sobre o caso e pediu seriedade na condução.

"Acompanhei pela imprensa logo cedo vi as notícias. A gente lamenta mais um escândalo de corrupção e esperamos que, havendo culpados, eles sejam responsabilizados", declarou o prefeito.

Políticos da Bahia foram a público comentar o caso que iniciou com o vazamento de áudios do ex-ministro declarando priorizar repasses de verbas para prefeituras cujos pedidos de liberação foram negociados por dois pastores que não têm cargo no ministério. De acordo com o ex-titular do MEC, o procedimento foi feito a pedido de Bolsonaro.

O senador Angelo Coronel (PSD) afirmou que o ex-ministro Milton Ribeiro terá o direito de defesa após a prisão.

Otto Alencar (PSD), também senador, disse ser favorável à medida e declarou que o esquema de tráfico de influência já era conhecido. Ele ainda afirmou que o tráfico de influência em Brasília é uma prática comum e que precisa ser combatida com investigações como a que resultou na prisão preventiva do ex-ministro da Educação. Uma série de deputados baianos, de diferentes espectros políticos, também se manifestaram.

As declarações que acabaram na prisão foram feitas por Ribeiro durante uma conversa em que participaram prefeitos e dois religiosos. "Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", afirma o ministro na gravação. O áudio foi obtido e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo.

Os pastores em questão são Gilmar Santos e Arilton Moura. A PF investiga a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério da Educação. Há suspeita de cobrança de propina. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.

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