Política

Ministra do Turismo de Lula admite parceria com membros da Prefeitura, mas nega uso de recursos públicos

Ricardo Stuckert/Divulgação
A ministra Daniela do Waguinho contou com pelo menos cinco assessores da Prefeitura de Belford  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/Divulgação

Publicado em 17/01/2023, às 07h20 - Atualizado às 07h20   Cadastrado por Pedro Moraes



Pelo menos cinco assessores da Prefeitura de Belford Roxo foram contratados pela ministra do Turismo do governo Lula, Daniela do Waguinho. É o que indica a folha de pagamento referente a campanha à reeleição como deputada federal. Acima de tudo, a cidade é governada pelo marido da ministra, Waguinho Carneiro. Ambos são filiados ao partido União Brasil, de acordo com informações do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. 

Inicialmente, Daniela desembolsou cerca de R$ 115.000 na contratação dos assessores, conforme indica o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O detalhe é que todos os servidores já estavam empregados na Prefeitura no decorrer do período de campanha. Brenda Oliveira de Souza, por exemplo, que atuou como consultora jurídica da Procuradoria-Geral de Belford Roxo, recebeu aproximadamente R$ 50.000 da campanha de Daniela. 

Nesse sentido, o Portal da Transparência da cidade aponta que o salário de Brenda, em outubro do ano passado, chegou a R$ 3.200, ainda de acordo com a publicação. Durante a eleição, ela prestou serviços advocatícios. Outro exemplo foi Renata Santos Rosado, chefe de gabinete de Waguinho, que embolsou cerca de R$ 30.000 para atuar como gerente financeira da campanha, enquanto na Prefeitura ela recebia menos da metade: R$ 8.000 (outubro de 2022).

O grupo de pessoas contratadas contou ainda com Luiz Claudio Vieira Rangel, secretário municipal especial de Contabilidade, por R$ 15.000, que atuou para contratar “serviços contábeis para prestação de contas eleitorais”. Acima de tudo, o salário dele alcançou R$ 8.000 em outubro de 2022.

Já o funcionário da Secretaria Municipal de Educação, Luiz Felipe de Freitas, ganhou R$ 10 mil para defender a coordenadoria da campanha em Belford Roxo. O salário de Freitas girava em torno de R$ 1.200 em outubro do ano passado.

Por meio de nota, segundo o Metrópoles, a ministra publicou nota comunicando que “todas as pessoas que trabalharam na campanha exerceram suas funções fora do expediente de trabalho e nos finais de semana, não havendo nenhum prejuízo à administração municipal. Sendo assim, os valores foram pagos pelo comitê de campanha e não com recursos públicos”.

Ao todo, a reeleição de Daniela custou R$ 3,1 milhões, enquanto o União Brasil depositou R$ 3 milhões de recursos do Fundão dentro da conta da candidatura. Dessa forma, a campanha teve quase 100%, mais precisamente 94% dos gastos pagos com dinheiro público.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp