Política

"Movimento para resgatar as praias de Salvador", diz vereador ao defender proibição de caixas de som e músicas impróprias

Luiz Guilherme/BNews
Aleluia destaca que a presença de caixas de som tem inviabilizado a frequência de famílias nas praias.  |   Bnews - Divulgação Luiz Guilherme/BNews
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 14/02/2025, às 12h02



Depois de sugerir a regulamentação do uso da faixa de areia no Porto da Barra, em Salvador, o vereador Alexandre Aleluia (PL) protocolou, na última terça-feira (11), o Projeto de Lei nº 34/2025, que visa proibir o uso de caixas de som, alto-falantes e amplificadores nas praias de Salvador, além de aplicar multa aos infratores.

Em entrevista ao BNEWS, o parlamentar afirmou que vem recebendo inúmeros pedidos para limitar o uso das caixas de som nas praias desde que apresentou o projeto para regular o Porto da Barra. Segundo ele, há um abaixo-assinado digital com mais de 10 mil assinaturas apoiando a proibição.

“Esse é um movimento para resgatar as praias de Salvador. Hoje, as pessoas estão impedidas, em muitos casos, até de frequentá-las. São caixinhas de som cada vez mais potentes, tocando músicas muitas vezes impróprias ou pornográficas, inviabilizando a presença de crianças e famílias”, declarou Aleluia.

Ele também criticou a poluição sonora causada pelo uso simultâneo de várias caixas de som, o que, segundo ele, gera um "barulho indescritível". “As pessoas estão clamando por voltar a ter a oportunidade de aproveitar a praia com tranquilidade, poder conversar, admirar o mar e as belezas naturais. Com essas caixinhas de som, isso está se tornando inviável”, acrescentou.

O vereador acredita que o problema não está apenas no volume do som, mas na própria presença dos equipamentos. “Qualquer caixinha hoje pode alcançar a mesa vizinha. Isso já é uma invasão da liberdade do outro. Precisamos garantir um ambiente saudável. Hoje, o som excessivo é uma questão de saúde pública na cidade.”

O projeto prevê que a fiscalização ficará a cargo da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP). Questionado se há efetivo suficiente para cobrir os 105 km de praias da capital, Aleluia disse que essa responsabilidade cabe ao Executivo. “A função do legislador é acreditar no Executivo. Se houver pouco efetivo, que se aumente. Minha função é criar a lei.”

O vereador afirmou que ainda não conversou com muitos colegas da Câmara sobre o projeto, mas os poucos com quem discutiu “concordam plenamente”. Ele pretende intensificar o diálogo nas próximas semanas para angariar apoio à proposta.

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