Nas vésperas de cirurgia importante, Lula revela medo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará uma cirurgia importante na próxima sexta-feira (29). Será uma artroplastia total de quadril, nome técnico para a instalação de uma prótese no corpo do petista, que vem reclamando de dores na região desde a campanha eleitoral de 2022.

O procedimento, previsto para durar “algumas horas”, conforme informações da assessoria da Presidência da República, ocorrerá no Hospital Sírio-Libanês de Brasília, onde Lula deve ficar internado entre sexta e a próxima terça-feira, dia 3 de outubro.

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Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (25), Lula revelou que, apesar da cirurgia ser considerada simples, ele teme a anestesia geral que deve ser aplicada nele para a cirurgia. O presidente afirmou que não gosta de perder o controle sobre sua consciência.

"É uma cirurgia que a ciência domina bem, não tem nenhuma novidade, mas obviamente que é sempre cirurgia, é sempre anestesia. E, vocês querem saber da verdade, eu tenho medo mesmo é de anestesia, porque vou ficar dormindo, não gosto de perder o domínio da minha consciência”, revelou Lula.

“Mas os médicos dizem que a anestesia avançou muito, que hoje não é como no passado, que hoje é mais tranquilo. Então estou muito tranquilo", ponderou o presidente da República.

Ao deixar o Sírio-Libanês, Lula deve se recuperar no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência do Brasil, ficando de repouso até nova orientação médica. A tendência é que o petista fique proibido de viajar por um período de quatro a seis semanas. O presidente, porém, demonstrou não gostar da ideia.

"Se depender de mim, eu não fico nenhum dia [no hospital]. Se depender de mim, eu interno na sexta-feira, faço a cirurgia e peço a Deus que corra bem. Se depender de mim, na segunda-feira, para a surpresa do [secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual, Ricardo] Stuckert, eu estarei lá no Palácio do Planalto despachando ou então no Alvorada”, disse Lula.

A próxima viagem agendada para Lula é no final de novembro, quando o presidente deve participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28). Na sequência, ele irá para uma visita oficial à Alemanha.