Política

Nísia Trindade chora em reunião com Lula; saiba motivo

Lula Marques / Agência Brasil
Nísia Trindade saiu da sala da reunião amparada pela primeira-dama Janja da Silva  |   Bnews - Divulgação Lula Marques / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 19/03/2024, às 11h43


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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, passou por um momento complicado durante a última reunião ministerial com o presidente Lula (PT). Ao ser cobrada por diversas questões, a ministra chorou. De acordo com a CNN Brasil, a primeira-dama, Janja da Silva precisou amparar Nísia, que precisou sair da sala. O caso aconteceu na última segunda-feira (18).

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As cobranças de Lula foram por cinco crises observadas na saúde durante a atual gestão do petista. A primeira delas foi a da epidemia de dengue no Brasil que, nesta terça-feira (19) atingiu quase dois milhões de infectados. A outra situação na qual o presidente da República cobrou a ministra foi devido ao fato da morte dos yanomamis que, supostamente, teriam superado os números durante a gestão do ex-presidente Bolsonaro (PL).

Trindade ainda foi cobrada por outras três questões. A nota técnica que recomendava o "aborto legal" em qualquer período da gestação, a crise nos hospitais federais no Rio de Janeiro, e o seu mau desempenho no relacionamento com o Congresso Nacional.

RÉPLICA DE NÍSIA

Após as cobranças a ministra pediu a palavra e respondeu ao presidente Lula. Nísia reconheceu os problamas, mas justificou cada um deles. De acordo com a ministra, ela está enfrentando dificuldades em dialogar com o Centrão e que desconhecia a nota técnica sobre o "aborto legal". Vale lembrar que no último dia 29 de fevereiro, a ministra suspendeu a nota técnica sobre o assunto.

Além disso, explicou ao presidente que a situação da morte dos yanomamis não condiziam com a realidade. Isso porque, segundo ela, houve uma subnotificação dessa situação durante o governo do ex-presidente Bolsonaro. Já sobre os problemas enfrentados pelos hospitais federais no Rio de Janeiro, a ministra afirmou que fará mudanças no gabinete. Na madrugada dessa terça-feira (19), inclusive, exonerou Helvécio Miranda Magalhães Júnior, secretário titular da Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde. Junto com ele também foi exonerado o diretor do Departamento de Gestão Hospitalar do estado do Rio de Janeiro, Alexandre Telles.

TRÉPLICA DE LULA

Após ouvir as justificativas da minista, o presidente da República retomou a palavra e disse que ele apoiará ela nas decisões que precisar tomar. Essa fala de Lula era direcionada à situação dos secretários e da crise no Rio. Por outro lado, o presidente voltou a criticar Nísia sobre a situação no Congresso Nacional. De acordo com ele, a ministra precisa melhorar a relação com os parlamentares com urgência e lembrou que o centrão está interessado na pasta desde o início de 2024.

O QUE ACONTECEU DEPOIS?

Ao final da fala de Lula, Nísia Trindade respondeu que não estaria disposta a "falar grosso" com os deputados e senadores, pela condição de ser mulher. Após essa fala a ministra começou a dar sinais de choro. A primeira-dama Janja da Silva, ao perceber que Nísia iria chorar a acolheu.

Assista ao Radar BNews da última segunda-feira (18):

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