Política

Olívia Santana solta o verbo após ataques de Carballal a mandato coletivo: "desrespeito à democracia"

Yuri Abreu/BNews
Deputada estadual, Olívia Santana (PCdoB), opinou sobre a situação envolvendo os parlamentares na Câmara de Salvador  |   Bnews - Divulgação Yuri Abreu/BNews

Publicado em 11/04/2023, às 19h02 - Atualizado às 19h42   Yuri Abreu


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A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB) afirmou ser um "desrespeito à democracia" os ataques realizados pelo vereador Henrique Carballal (PDT) contra a co-vereadora, Cleide Coutinho (PSOL), que faz parte do mandato coletivo Pretas por Salvador, cuja líder é a vereadora Laina Crisóstomo (PSOL).

Nos últimos dias, os edis trocaram farpas em diversos momentos após o ocorrido na Câmara Municipal de Salvador (CMS). De um lado, o pedetista chegou a comparar os mandatos coletivos ao bolsonarismo, além de bater boca com os jornalistas Henrique Brinco e Eduardo Dias, durante o Radar Bnews da última quarta-feira (5), também sobre a questão.

Por sua vez, em tom de ironia, Laina Crisóstimo chegou a levar uma cadeira de praia para o plenário da CMS. "Eu vim com a minha cadeira para dizer: se o problema é cadeira, eu trouxe a minha e tenho onde sentar. Se o debate vai ser restrito a perspectiva de cadeira, se não é sobre a importância de um mandato coletivo e da representatividade que é um mandato coletivo, sobre democracia, exercício e respeito a diversidade, sobre o combate a violência política de gênero, então, se estamos restritos a cadeira, eu trouxe a minha para não ter 'B.O.' e eu quero ver qual vai ser o problema que vai surgir", afirmou a psolista.

Ao BNews, nesta terça-feira (11), Olívia Santana analisou o embate entre os edis na Câmara. "Eu acho lamentável, acho muito triste essa situação, né? Porque é um desrespeito à democracia", iniciou Olívia Santana.

"É claro que nós reconhecemos que a lei eleitoral ainda tem atraso em relação ao reconhecimento das chapas coletivas. Mas os costumes mudam as legislações, não é? Eu acredito que é só uma questão de tempo para que a chapas coletivas possam incorporar esse arcabouço legal da lei eleitoral. De 523 anos a gente levou mais de 400 anos sem que as mulheres pudessem exercer poder. Então é preciso que o conjunto dos homens da Câmara de Vereadores de Salvador, da Assembleia e do Congresso Nacional também comecem a repensar sua forma de se posicionar em relação as mulheres. Eu acho muito ruim o que aconteceu na Câmara de Vereadores", prosseguiu Olívia, que declarou solidariedade ao mandato coletivo Pretas por Salvador.

"Acho que isso deveria ter sido tratado de maneira respeitosa com mais naturalidade entendendo que foi o povo que votou que aprovou que uma chapa coletiva idosa que portanto o mandato coletivo pudesse existir (...) Foi criada uma crise absolutamente desnecessária (...) Acho que as pessoas pessoas precisam parar pra refletir. Vamos somar em vez de dividir no sentido de fragilizar uma força política tão importante", analisou a comunista.

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