Política
Publicado em 05/12/2022, às 15h45 Cadastrado por Yuri Abreu
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aguarda com ansiedade pelo julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), acerca do orçamento secreto. E tem motivos para isso.
A sessão no judiciário está marcada para a próxima quarta-feira (7), tendo sido convocada por Rosa Weber, e a expectativa é a de que o processo seja julgado em três encontros, que ainda devem acontecer este ano.
Na última semana foi esse o tema que dominou os bastidores da transição com Lula em Brasília, na semana passada e vai dominar os próximos dias. Segundo o G1, um aliado do petista afirmou que a dinâmica de forças na política vai mudar completamente. O mesmo definiu que se o Supremo derrubar a questão, haverá um "terremoto" em Brasília.
Lula, desde que ganhou a eleição, não só ensaiou como contratou uma relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para pavimentar os próximos dois anos de seu governo na Câmara.
O PT deixou claro desde o início que não iria lançar candidato para concorrer com Lira e, dando sinais de que o presidente da Câmara preferia uma relação direta, Lula prontamente foi se sentar num mano-a-mano com o pepista, segundo a colunista Andreia Sadi.
Para o parlamentar alagoano, não existe relação presidente da Câmara e presidente da República com intermediários. Lula, por sua vez, pontua que negociar e dialogar com o presidente da Câmara faz parte das regras do jogo.
Outra coisa é tratar com um primeiro-ministro, como afirmam aliados de Lula, que tem “poder imperial" – imagem usada pelo petista durante a campanha para se referir a Lira.
Por isso, a expectativa é grande no futuro governo Lula pela derrubada do orçamento secreto nos próximos dias. Mas, se algum ministro pedir vista no STF, dizem que o regimento da Corte prevê uma alternativa: que Rosa Weber dê uma medida cautelar – com validade imediata – suspendendo o orçamento secreto.
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