Partidos de esquerda temem que STF barre federações em plenário

Os partidos de esquerda que pretendem se unir a outras legendas em uma federação, como forma de juntar forças e angariar mais votos, estão tensos por causa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de levar a questão a voto em plenário, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

As siglas viram na decisão um sinal de que os magistrados podem barrar as federações, alterando os planos de diversos partidos, como PT, PSB, PC do B, Rede e PSOL, de unirem forças nas eleições de 2022 —e também depois para governar.

RIO GRANDE DO SUL

Governo Lula intensifica assistência para famílias vítimas das catástrofes no RS; saiba mais

Foragidos!

Seap confirma fuga de sete presidiários de Conjunto Penal na Bahia; saiba mais

Leia também: Ala do PSB aprova federação com o PT; entenda

Lula avalia aliança com outros partidos para formar federação

Pela lei das federações, elas devem durar no mínimo quatro anos, quando as legendas devem atuar juntas —mas preservando suas identidades. Alguns magistrados, na verdade, querem discutir o assunto com maior profundidade. A ideia é evitar que as federações propiciem, na prática, a volta das coligações, já vetadas pela Corte.

As coligações geravam efeitos considerados perniciosos para a democracia, permitindo uma pulverização de partidos e um descompromisso dos parlamentares, depois de eleitos, de seguirem qualquer programa político consistente. Ministros do Supremo temem, por exemplo, que o Congresso aprove leis no futuro desobrigando partidos que estão em federações de seguirem um programa comum, distorcendo o sentido da lei que autorizou esse tipo de união.

A tendência, portanto, é a de que as federações passem pelo crivo do STF e sobrevivam —mas com regras estritas para que não haja desvios e atalhos que esvaziem a sua finalidade.

Leia também: Ciro ataca Moro e convoca ex-juiz para debate; confira

Vice-presidente do União Brasil diz que saída de bolsonaristas é 'livramento'