Política
Publicado em 19/03/2024, às 15h54 - Atualizado às 15h55 Cadastrada por Luiz Guilherme
O relatório da Polícia Federal apontou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) 'agiu com consciência' sobre o esquema de fraude nos cartões de vacinação dele e de sua filha, Laura Bolsonaro.
A corporação contou com o auxílio do tenente-coronel Mauro Cid no inquérito e diz que 'os elementos de prova acolhidos corroboram as afirmações prestadas' por ele.
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Em seu depoimento à PF, Cid revelou que Bolsonaro sabia da existência de documentos falsos com dados sobre a imunização contra a covid-19 e pediu a inserção de dados fraudulentos para ele e sua filha.
De acordo com o relatório da corporação, o secretário municipal de Duque de Caxias (RJ), Carlos de Sousa Brecha, e Ailton Barros, capitão reformado do exército, intermediaram o esquema.
"Os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergentes em demonstrar que Jair Messias Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha, Laura Bolsonaro", disse a PF.
Investigadores relatam que todas as pessoas beneficiadas no esquema 'agiram dolosamente', tinham 'plena ciência' e 'solicitaram' ou 'determinaram' a inserção de dados falsos no sistema.
Segundo a apuração, Cid pediu para Ailton Barros intermediar o esquema e fraudar documentos de sua mulher, Gabriela Santiago Cid, e suas três filhas.
"O mesmo modus operandi se repetiu com o então presidente da República Jair Bolsonaro. Conforme exposto, vários atos de acesso ao sistema ConecteSUS, inclusive a impressão de certificado de vacinação ideologicamente falso, foram praticados na residência oficial da Presidência da República, Palácio do Alvorada", informa o relatório.
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