PL define estratégia para eventual prisão de Bolsonaro; confira

Com o avanço das investigações da Polícia Federal (PF) contra Jair Bolsonaro, o PL já começa a definir uma estratégia para as eleições de 2024 levando em conta uma eventual prisão do ex-presidente. As informações são da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ainda deseja usar Bolsonaro como principal cabo eleitoral para ter uma alta no número de prefeituras comandadas pelo partido. No entanto, integrantes da legenda alertam para a possibilidade de o ex-presidente ser preso até o ano que vem, o que o tiraria da disputa eleitoral. Essa possibilidade é tratada como “real”.

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Para 2024, Valdemar Costa Neto quer ampliar em aproximadamente 300 prefeituras comandadas pelo PL. Com isso, o partido quer construir uma “base sólida” para aumentar o número de representantes no Congresso Nacional em 2026. A estratégia para isso já estaria traçada e contaria com uma série de viagens de Bolsonaro pelo país, especialmente em regiões onde o ex-presidente venceu na campanha presidencial de 2022.

Com as investigações contra Bolsonaro, integrantes do PL já estariam em dúvida se o ex-presidente seria um bom cabo eleitoral para 2024 estando preso ou solto.

Ainda segundo a colunista, atualmente, Valdemar Costa Neto avalia que, mesmo com o avanço das investigações, especialmente a do caso das joias, Bolsonaro ainda mantém um eleitorado fiel que será decisivo em 2024.

Por outro lado, alguns caciques do PL duvidam se o ex-presidente manterá esse capital político caso ele seja preso. Um plano que vem sendo cogitado é a possibilidade de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro assumir “o espaço que o marido pode deixar e vitimiza-lo em seu discurso”.

Além disso, o PL pretende realizar pesquisas para testar possíveis nomes para as eleições do ano que vem. Os levantamentos ainda não ocorreram para evitar os desgastes que os novos escândalos trouxeram para o clã Bolsonaro.