Política

Secretário justifica projeto com regras iguais para Uber e Táxi em Salvador: "Está desorganizado"

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Gestão municipal quer receber 1% do valor recebido pela empresa responsável pelo aplicativo  |   Bnews - Divulgação BNews/Arquivo

Publicado em 24/08/2018, às 17h04   Henrique Brinco



O titular da Secretaria Municipal de Mobilidade, Fábio Mota, minimizou em entrevista ao BNews as críticas contra o Projeto de Lei enviado pela prefeitura de Salvador visando limitar o número de motoristas e cobrar taxas para empresas de aplicativos, como a Uber e a 99Pop.

A gestão municipal quer receber 1% do valor recebido pela empresa responsável pelo aplicativo, além de limitar o número de veículos em circulação em 7,2 mil (três por automóvel cadastrado). Estimativas não oficiais dão conta de que a cidade tenha mais de 20 mil profissionais cadastrados.

"Não é um projeto para limitar. É um projeto de regulamentação do aplicativo. Dentro do projeto, tem uma série de critérios - que também não são definitivos. Não quer dizer que seja aprovado como está na Câmara", afirmou. "Para você debater e fazer a regulamentação, você tem que partir de um projeto. Esse é o projeto que foi encaminhado. A Câmara vai fazer audiências públicas e o projeto ainda vai passar pela comissão de Contituição e Justiça".

Segundo Mota, "a questão da limitação é para criar as mesmas regras que o táxi". "Ou seja, se você tem 7200 táxis, você tem que ter 7200 aplicativos. O projeto foi nesse intuito aí, para balizar um lado e o outro", explica.

O secretário informa que o projeto é parecido com o que está sendo discutido nos Estados Unidos. "Nova York acabou de fazer isso agora. Quando a gente concluiu o projeto, Nova York fez. Se você não limita, perde o controle. Se você perde o controle, além de você desbalancear a questão do Uber com o táxi, você ainda cria um problema e perde o controle da mobilidade como um todo".

Indagado se a redução no número de veículos irá precarizar a qualidade do serviço e as condições de trabalho dos motoristas (no táxi, por exemplo, muitos trabalhadores pagam taxas altíssimas de aluguel aos donos de placas), ele tergiversa: "Precarizado está hoje, completamente desorganizado". "Não está limitando a quantidade de motoristas. Serão 3 motoristas por veículo. Você pode ter 21 mil motoristas", completa.

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