Publicado em 27/06/2013, às 09h34 Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)
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Os cinco pontos do pacto anunciado pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (24) em reunião com prefeitos e governadores, após os protestos em todo o Brasil, não foram recebidos com entusiasmo pelos deputados oposicionistas na Bahia. A prova disso é que um manifesto dos partidos da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) será entregue ao governador nesta quinta-feira (27).
Em contato com o Bocão News, o líder da bancada de oposição Elmar Nascimento, reclamou das propostas. Para ele, nenhuma ação é concreta, e na Bahia essas ações não atingem diretamente a população. “Não foi apresentado nada que realmente mude a vida das pessoas. Por isso. nós entregaremos este documento com ações que podem ser implementadas já no segundo semestre aqui. É a nossa contribuição. Caso o governo aceite nós iremos apoiar. Caso não, deixaremos correr”.
O líder não quis se aprofundar nos itens do manifesto, mas afirma que as sugestões envolvem o debate pela ética e contra a corrupção. Nascimento é autor das Propostas de Emendas à Constituição (PEC) da Ficha Limpa no Estado, do recesso parlamentar de 90 para 60 dias, e o voto aberto.
Ainda assim, o parlamentar deixou escapar que dentre as propostas está a redução do número de secretarias estaduais e os cargos de confiança. No governo petista, o número cresceu de 20 para 31. Os cargos comissionados passaram de 8,2 mil para quase 10 mil. De acordo com o oposicionista, as secretarias e os cargos nada contribuem para melhoria dos serviços públicos. “Na verdade, as secretarias e os cargos são uma troca de votos. Aqueles que apoiaram na campanha ganham cargos. Eles só geram custos para o Estado”.
O petista Yulo Oiticica acredita que o pacto divulgado pela presidente Dilma é suficiente para atender as reivindicações do momento. “Acredito que são suficientes e não é necessário nenhum manifesto da oposição”.
O pacto apresentado inclui uma série de medidas nas áreas de saúde, educação, mobilidade urbana, responsabilidade fiscal, além da proposta de se convocar um plebiscito sobre a reforma política. Uma das reivindicações das ruas foi atendida na noite desta terça-feira (25). A PEC 37 foi rejeitada pela Câmara dos Deputados, em decisão quase unânime.
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