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Silêncio de Alckmin após fala de Lula sobre aborto foi 1º teste de fidelidade, dizem aliados

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Alckmin já disse ser contra o aborto enquanto Lula afirmou que decisão deveria ser direito de todas as mulheres  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação

Publicado em 07/04/2022, às 12h42 - Atualizado às 12h43   Folhapress


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Entre aliados de Geraldo Alckmin (PSB), a avaliação foi de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma recaída e voltou a falar para sua base tradicional em seus posicionamentos recentes sobre o aborto e sobre pressão nos deputados.

O próprio futuro vice, no entanto, manteve-se quieto, apesar de já ter externado posições críticas ao aborto no passado. O gesto foi visto como um primeiro teste de fidelidade ao petista.

Em um debate na terça-feira (5), Lula falou que o aborto deveria ser um "direito de todo mundo". "Aqui no Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque é proibido, o aborto é ilegal", afirmou, completando que quem tem dinheiro pode fazer o procedimento no exterior.

Um interlocutor de Lula afirma que não está nos planos do partido rever a lei de aborto. A crítica do ex-presidente, contextualiza, seria às tentativas de impedir os abortos previstos em lei, como aconteceu com uma criança em Pernambuco.

Na ocasião, servidores do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos se deslocaram até o hospital para convencer a família do contrário.

Em 2006, durante sabatina do jornal O Estado de S. Paulo, Alckmin disse ser "contra o aborto" e "favorável ao planejamento familiar". Na mesma campanha, durante evento em Pernambuco, disse não ver "o aborto como solução", afirmou.

"Nós já temos previstos [na lei] casos de aborto para estupro, risco de morte para a mãe. (...) A solução é evitar a gravidez indesejada", disse.

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Lula também defendeu em evento da CUT (Central Única dos Trabalhadores), na segunda-feira (4), que a militância sindical procure deputados e seus familiares na casa deles para pressionar a favor de propostas que interessam ao setor em um eventual governo petista, a partir de 2023.

"Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília", disse. A fala gerou forte reação no Congresso.

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