Política

Última Milha: Abin paralela procurou dados públicos de senador e integrante de podcast, diz PF

Antônio Cruz/Agência Brasil
Investigação da PF revela esforço da Abin paralela para obter dados simples de opositores  |   Bnews - Divulgação Antônio Cruz/Agência Brasil

Publicado em 13/07/2024, às 17h04   Cadastrado por Marco Dias



A suposta estrutura paralela montada dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), tinha um esforço duplo: enquanto monitorava autoridades e opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro, se viu empenhada em tarefas simples como obter CPFs e nomes completos de parlamentares. 

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp!

De acordo com o portal O Globo, esse esforço foi destacado em mensagens recuperadas pela Polícia Federal (PF) e apresentadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), desencadeando a quarta fase da Operação Última Milha, realizada na última quinta-feira (11). A PF investiga um esquema de monitoramento ilegal e produção de notícias falsas, utilizando a estrutura da Abin.

As conversas reveladas ocorriam entre o policial federal Marcelo Araújo Bormevet e o militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues, ambos atuantes na Abin, presos na quinta (11).

Entre as ações investigadas está a tentativa de obter informações sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que causou desgaste para Bolsonaro em 2021. Bormevet solicitou os CPFs dos senadores ao seu subordinado, Rodrigues, que pouco depois informou ter obtido o CPF de Omar Aziz (PSD-AM), então presidente da CPI.

Em outra troca de mensagens, no mês seguinte, Rodrigues comunicou que estava perto de identificar o responsável pelo perfil no X (antigo Twitter) "Tesoureiros", crítico ao governo Bolsonaro. Ele também afirmou ter identificado um integrante do podcast "Medo e Delírio em Brasília", cujos apresentadores são publicamente conhecidos. 

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp