Política

Voto de silêncio: Aliados de Lula enxergam Bolsonaro “acuado” em meio ao caso das joias sauditas

Focus Brasil
Ainda assim, a ordem é que toda a cúpula de Lula deva moderar o tom das críticas  |   Bnews - Divulgação Focus Brasil
Thiago Teixeira

por Thiago Teixeira

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Publicado em 11/07/2024, às 14h03



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mostrado “acuado” diante do avanço das investigações que pesam contra ele no caso das joias saudistas e adotado “voto de silêncio”. Pelo menos é essa a avaliação de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Silva (PT), que reforçaram que, ainda assim, a ordem é moderar o tom das críticas.

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De acordo com informações da CNN, fontes do meio jurídico ligadas ao governo e ao PT, há uma preocupação em manter um discurso cauteloso diante das denúncias. A ideia é que Lula, ministros e outros líderes governistas tenham em mente uma narrativa que contemple a presunção de inocência. O plano é dizer que deve ser dado a Bolsonaro o direito de se defender.

As manifestações discretas de Bolsonaro diante de seu indiciamento no caso das joias refletem o cerco fechado contra o ex-presidente. A avaliação é que Bolsonaro estaria adotando uma “estratégia de silêncio” para não se comprometer mais diante com as acusações.

A discrição de Bolsonaro vem após a divulgação do relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias — o documento esvaziou boa parte do discurso de defesa do ex-presidente. Até os detalhes da investigação virem a público, o time bolsonarista vinha investindo na tese de que qualquer negociação das joias teria ocorrido por “excesso de iniciativa” de Mauro Cid e outros auxiliares do ex-presidente, sem que ele tivesse conhecimento.

O relatório aponta que Jair Bolsonaro trocou mensagens a respeito de um leilão de um dos presentes e conclui que ele teria recebido dinheiro em espécie resultante da venda das joias. No fim da tarde desta quarta-feira (10), a defesa de Bolsonaro divulgou um novo pedido de acesso aos autos da investigação.

A expectativa, entretanto, segue sendo a de que o Supremo nega mais uma vez a demanda, por enxergar risco de comprometimento das demais investigações que correm contra o ex-presidente.

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