Brasil

Filha de defensor público, adolescente negra é confundida com pedinte e impedida de entrar em shopping

Reprodução/TV Verdes Mares
Caso aconteceu em Fortaleza, no Ceará  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Verdes Mares

Publicado em 24/09/2021, às 09h53   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Uma adolescente negra de 16 anos foi impedida de entrar em um shopping, em Fortaleza (CE), por uma segurança que pensou que a jovem fosse pedinte. O caso aconteceu nesta quarta-feira (22) e foi relatado nas redes sociais pelo pai da adolescente, o defensor público Adriano Leitinho, que considerou o episódio como racismo.

"Hoje minha filha passou por uma situação muito constrangedora ao tentar entrar na padaria Portugalia do Pátio Portugaleria, tendo sido abordada pela segurança do shopping a qual lhe avisou que ela não poderia entrar porque ali não podia ficar pedindo coisa/dinheiro. Detalhe: minha filha não estava pedindo nada, ia apenas comer algo na padaria como fazemos constantemente", escreveu o defensor público em um post no Instagram.

Matérias relacionadas:

Delegada negra é barrada em loja no roupas e denuncia segurança por racismo

Polícia Civil afirma que delegada negra impedida de entrar em loja de roupa poderia ter prendido segurança por racismo

PM diz odiar negros, admite ser racista, chama mulher de macaca e ameaça bater nela

Só depois que a jovem explicou que era cliente conseguiu entrar. "Eu falei: 'não moça, eu sou cliente, eu vim aqui comprar'. Eu tentei explicar a situação, aí ela pediu desculpas, e eu entrei", afirmou Mel.

Mel disse que só percebeu o episódio de racismo depois que conversou sobre o caso com uma amiga, que a alertou para o preconceito que ela sofreu e aconselhou que conversasse com o pai.

Veja também:

Deputado Eduardo Bolsonaro testa positivo para Covid-19

Ministra Tereza Cristina testa positivo para Covid-19

Prefeito de NY volta a alfinetar Bolsonaro e compara presidente ao príncipe Harry e sua esposa: "Tome vacina"

Adriano Leitinho acionou a Delegacia da Defesa da Criança e do Adolescente e registrou uma notícia-crime. 

O defensor ressalta que mesmo se a garota fosse pedinte a abordagem seria discriminatória.

De acordo com a TV Verdes Mares, a gerente do local, Lúcia Alves, reconheceu o episódio e disse que se desculpou com o pai e a adolescente. Lúcia disse ainda que, segundo a segurança, a adolescente ficava correndo entre um posto de combustível e o shopping, por isso, achou que a menina era pedinte. Nesta quinta-feira (23), a funcionária pediu demissão, conforme informou a gerente. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp