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Agressão: Edilson falta audiência e jornalista dispara: "desrespeito"

Imagem Agressão: Edilson falta audiência e jornalista dispara: "desrespeito"
Sessão deveria acontecer na manhã de hoje  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/03/2013, às 19h30   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



"Isso mostra o desrespeito dele para com as instituições. Ele despreza a Justiça. Por isso que ele tem uma ficha corrida extensa - com agressões à mulheres e outras denúncias", desabafou o jornalista Rogaciano Medeiros, após esperar Edilson 'Capetinha' para a primeira audiência sobre uma suposta agresão cometida pelo jogador contra ele e os filhos, em janeiro deste ano. "De lá para cá ele não telefonou, não me procurou. Não vai ter conciliação. Já avisei aqui", relatou o jornalista, informando ao Bocão News que a audiência deveria ter começado às 9h, no 2º Juizado Especial Criminal de Itapuã. "Cheguei cedo, às 8h30. Agora, vou esperar o juiz definir uma nova data. Eu só quero que ele pague - não só pelo ponto de vista criminal, mas civil também. O dinheiro que eu tirar dele vou doar para uma instituição filantrópica, principalmente alguma voltada para crianças. Quero mostrar que ele não é superior a nada. Ele recebeu a intimação e não veio, ou seja, não tem interesse em resolver", afirmou Medeiros.

A equipe de reportagem do site Bocão News tentou falar com Edilson para saber o motivo pelo qual ele não foi para a audiência, mas o ex-jogador não atendeu o celular.

Relembre o caso

No dia 6 de janeiro deste ano, um domingo, o jornalista Rogaciano Medeiros, assessor da prefeitura de Camaçari, procurou o Bocão News para relatar uma agressão que ele e os filhos teriam sofrido após um 'baba'. A confusão foi registrada na noite de sexta-feira (04), durante uma partida de futebol no bairro de Ondina, em Salvador. De acordo com informações de Rogaciano as agressões partiram de Edilson, o irmão dele Eliomar e um grupo de seguranças do ex-jogador. “Meu filho teve um desentendimento de baba com Eliomar, aí Edilson terminou dando um ponta-pé em Bruno e um sobrinho dele ainda deu uma voadora na cabeça do meu filho. Edilson foi o pivô de toda briga”, afirmou o jornalista ao repórter Alessandro Isabel.

Na redação do site, onde Rogaciano compareceu com os filhos para registrar a denúncia, o jornalista fez questão de mostrar as marcas que foram deixadas no corpo após o que ele chamou de espacamento. “Após as agressões ao Bruno, os seguranças entraram no campo e a situação ficou incontrolável. Meu outro filho foi espancado por seis homens e quanto fui defendê-lo, também terminei sendo agredido. Quando estava no chão, indefeso, Edilson deu um chute no meu rosto que terminou partindo a minha testa”.



Segundo Rogaciano, os seguranças do ex-jogador saíram de campo em companhia de Edilson e foram embora. “Fui parar no hospital com o rosto partido. Levei cinco pontos. Bruno, que é militar, teve perfuração do tímpano direito e corre o risco de perder a audição e Guilherme, que é personal, teve os ligamentos do joelho ‘estourados’. Nunca imaginei que pudesse um dia passar por tal situação”, desabou - após prestar queixa contra Edilson na 7ª Delegacia Territorial (DT), no Rio Vermelho.

A versão de Edilson

“Organizei a partida, investi uma grana para ter essa confraternização e não nego que houve uma briga generalizada provocada por seu filho Bruno. Ele é problemático e deu um ‘pau’ no rosto de meu irmão (Eliomar). A reação natural é de defesa e aí começou a confusão. Todos bateram, todos apanharam e agora ele vem dar uma de vítima”, relatou Edilson ao repórter Alessandro Isabel.

O “Capetinha”, como ex-jogador é conhecido, se disse tranquilo com a informação de que Rogaciano prestou queixa contra ele na 7ª Delegacia Territorial (DT), bairro do Rio Vermelho. “É um direito que ele tem, assim como eu também tenho. O que me causa estranheza é o fato de tantas pessoas brigando e ele só escolheu a mim para atacar. Esse é o preço que se paga pela fama”.



Sobre as acusações de que o ex-jogador teria recebido auxílio de seguranças no momento da confusão, Edilson nega. “Eu não tenho segurança. Quem me conhece sabe que ando em todos os lugares com amigos e sozinho. Várias pessoas do meu time entraram em campo e do time dele também. Pessoas que estavam assistindo também se envolveram, mas essa história de seguranças é caluniosas”.

“Mesmo com todos os problemas eu espero que ele continue sendo meu amigo. Não liguei, nem vou ligar pedindo desculpas. Não fiz nada de errado. Bate sim, apanhei também e foi uma briga generalizada. Assim como ele procurou a polícia, eu tenho testemunhas que viram tudo o que aconteceu, como tudo começou e ele (Rogaciano) não tem como provar que fui eu que chutei ele”, garantiu.

Nota originalmente postada às 11h30 do dia 19

Para ler mais sobre o caso confira as reportagens feitas pelo repórter Alessandro Isabel

Agressão no 'baba' - parte I

Agressão no 'baba' - parte II



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