Política

"Essa lama eu não vou aceitar", diz Cunha após anunciar rompimento

Publicado em 17/07/2015, às 12h22   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), oficializou o rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), na manhã desta sexta-feira (17). “Essa lama, em que está envolvida a corrupção da Petrobras, cujos tesoureiros do PT estão presos, essa lama eu não vou aceitar”, disse.

O peemedebista afirmou, no entanto, que cumprirá seu papel constitucional. O político também criticou as denúncias da Operação Lava-Jato e ressaltou que "está certo que é uma orquestração e tem a participação do governo".

Cunha também acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de agir para ser reconduzido ao cargo. A atitude de Cunha é uma retaliação ao Palácio do Planalto, após a divulgação da delação de Júlio Camargo, nesta quinta (16), de que ele teria cobrado US$ 5 milhões em propina. Ele se encontrou ontem com o vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB, para tratar do assunto. Eles tiveram uma conversa na Base Aérea de Brasília momentos antes de o vice deixar a capital federal. Segundo relatos, o presidente da Câmara se mostrava "indignado".

Cunha afirmou que agora "todos estão falando a mesma língua" em seu partido em relação ao rompimento da aliança com o PT para as próximas eleições. Segundo o parlamentar, os peemedebistas estão "doidos para cair fora". "Ninguém aguenta mais aliança com o PT", resumiu. O presidente reclamou que o partido não participa das discussões públicas e que só os ministros ocupam espaço na Esplanada dos Ministérios. No entanto, por "responsabilidade com a governabilidade", ele pregou que a legenda continue no governo Dilma. "Seria uma irresponsabilidade sair do governo", declarou.

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