Salvador

Sindicato aprova intervenção da prefeitura na CSN e espera pagamento de passivo a rodoviários: "não importa quem será o patrão"

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A medida adotada pela gestão municipal foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Município (DOM) deste sábado   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Youtube

Publicado em 20/06/2020, às 19h43   Samuel Barbosa


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O presidente em exercício do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Primo, disse em conversa com o BNews, no início da noite deste sábado (20), que a intervenção feita pela prefeitura de Salvador na concessionária CSN é positiva, e que a categoria não está preocupada com quem será o "patrão". A medida adotada pela gestão municipal foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Município (DOM) deste sábado. 

"Para o sindicato o importante é o direito dos trabalhadores, como salário, ticket, FGTS, INSS e o passivo trabalhista garantido, não estamos preocupados com quem vai ser nosso patrão".

De acordo com Primo, com a intervenção, saem os donos que fazem parte do consórcio CSN e entra uma equipe que será formada pela prefeitura. 
"A prefeitura vai eleger um interventor como presidente e ele monta uma equipe, certamente não vai ser a da empresa, vai ter o diretor operacional, diretor financeiro, administrativo, diretor de manutenção, uma nova equipe, o que fica na verdade é a parte operacional, motorista cobrador, despachante, mecânico", explicou.

O presidente em exercício do sindicato se mostrou confiante com a medida. "Com a intervenção acaba o atraso, FGTS, essas situações".

Segundo a prefeitura, a medida visa preservar o emprego de quatro mil funcionários, além de garantir a manutenção do transporte coletivo, serviço essencial à população. O consórcio CSN, que tem cerca de 700 ônibus, opera 100% na Estação Mussurunga e na orla de capital baiana.

A CSN estava na mira da prefeitura de Salvador por descumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado no Ministério Público da Bahia (MP-BA) para a chegada de novos ônibus com ar-condicionado. Dos 250 veículos climatizados que deveriam estar circulando até 30 de setembro de 2019, 81 ainda não haviam entrado em operação na data, e 51 sequer tinham sido adquiridos, conforme apontou uma Comissão Especial da Câmara de Vereadores que fiscalizava o contrato de concessão das empresas de ônibus.

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