Salvador

Mussurunga: Moradores contestam construção de condomínio e cobram melhorias para o bairro

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A principal queixa da população, hoje, é o aglutinamento das vias de acesso aos bairros da região  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 23/10/2021, às 00h02   Maiara Lopes


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Moradores dos bairros de Mussurunga e São Cristovão vem enfrentando dias de luta desde que foram informados sobra a construção de um empreendimento da construtora MRV na região. Trata-se do condomínio Colina Imperial, que, ao todo, terá capacidade para abrigar cerca de 20 mil habitantes.

A principal queixa do conselho comunitário local é de que, em nenhum momento, foi apresentado um relatório claro de ‘impacto de vizinhança’ por parte da empresa, que, segundo eles, não prevê os prejuízos econômicos, sociais e ambientais que tal implantação pode gerar em toda região. 

De acordo com o relatório de contestação apresentado pela comunidade, o estudo da área de influência apenas atendeu ao interesse da justificação do empreendimento, com o fim especifico de listar os fatores positivos que se agregam para o alcance da autorização por parte da autoridade municipal. No entanto, deixou de listar os aspectos negativos, sem considerar o uso destas áreas pelo entorno, bem como seus reflexos nas demais comunidades quanto as vias de circulação de trânsito e o acesso aos serviços disponíveis.  

“As comunidades que integram os Bairros Mussurunga, Cassange, São Cristóvão e Jardim das Margaridas compartilham da mesma infraestrutura de Serviços Públicos e Privados. Portanto, o empreendimento, que forçará a migração de aproximadamente 20 mil pessoas para a região, deve conter medidas mitigadoras do impacto no trânsito e nos Serviço Públicos atualmente disponíveis", ressaltou o líder comunitário, Reginaldo Ribeiro, morador local há 40 anos.  

Procurada, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) informou que irá analisar o relatório apresentado pelos moradores durante audiência pública realizada na última segunda-feira (18), garantindo que os técnicos do órgão irão discorrer o material de acordo com a legislação vigente.

A principal queixa da população, hoje, é o aglutinamento das vias de acesso aos bairros da região, estimando-se que  avenidas não suportarão o aumento do trânsito, com possíveis engarrafamentos, já que, atualmente, não há áreas adequadas para atender ao aumento do fluxo comercial. “Fazem quase 20 anos que batalhamos, sem sucesso, por uma via de ligação entre Mussurunga e a Avenida Paralela. Essa alternativa minimizaria o impacto sobre o Transporte Público e o tráfego em geral, assegurando às Comunidades do entorno condições apropriadas de mobilidade”, relatou. Eles lutam para que seja construído um projeto viário da prefeitura, que liga a Paralela a Mussurunga e não o projeto viário apresentado pela MRV.

“Nosso bairro necessita da implantação imediata de equipamentos de saúde e educação, de forma objetiva, não apenas teórica. Afinal, trata-se de empreendimento a ser financiado com recursos públicos, onde parte desse montante deve ser destinados a essas áreas, com total prioridade” completou.  

Por meio de nota, a MRV informou que, em audiência pública realizada no dia 18 de outubro, apresentou o Relatório de Impacto de Vizinhança para a instalação do Projeto de Urbanização Integrada Colina Imperial, assegurando que esse laudo técnico foi elaborado e assinado por profissionais multidisciplinares, como engenheiro civil, biólogo, engenheiro ambiental, arquiteto, geólogo e assistente social. 

“O relatório apresentado pela comunidade já foi analisado, será levado em consideração e as respostas serão divulgadas juntamente com o fechamento da audiência pública”, informou a empresa.  "Reforçamos que o empreendimento ainda não foi lançado, por isso, não iniciou nenhum tipo de obra no terreno e que aguarda as autorizações definitivas por parte os órgãos competentes. Por este motivo, informações sobre o empreendimento ainda não podem ser divulgadas", concluiu a construtora.

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