Salvador

Sem repasse de convênio da prefeitura, Lar Vida passa por dificuldade para funcionar

Reprodução
Diretora contou que o último repasse que a instituição recebeu do convênio foi há cinco meses  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 28/11/2017, às 18h55   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O Lar Vida- Valorização Individual do Deficiente Anônimo- abriga atualmente 106 crianças, adolescentes e adultos portadores de necessidades especiais e, hoje, está vivendo por um momento de grande dificuldade. A diretora da instituição, Sônia Argolo, afirmou que não está recebendo o repasse do único convênio que tem, que é tripartido - União, Estado e Prefeitura - e explicou que o lar "já está no limite". 

"O diferencial do Lar Vida é que a instituição recebe quem nenhum abrigo quer: a criança totalmente deficiente, crianças acamadas. Temos autistas, surdo, mudo, cego, e 36 crianças, adultos e adolescentes acamados", contou a diretora, que ainda acrescentou que após completarem 18 anos os órfãos continuam no lar, já que não tem para onde ir por conta dos seus problemas de saúde.

Sônia contou que o último repasse que a instituição recebeu do convênio foi há cinco meses e estão sem pagar salários, contas de luz e água atrasadas, além de não ter como comprar alimentos. Segundo a diretora, a prefeitura afirma que eles precisam prestar conta para voltar a receber a verba. "Ninguém dá uma resposta, só fica exigindo prestação de contas, já prestamos conta de tudo, não tem mais o que prestar e a instituição está naufragando".

A diretora explicou que o Lar Vida está se mantendo através de doações, mas que a maior preocupação é com o pagamento dos salários. 

"Nosso maior problema hoje é o salário, são funcionários que ganham salário mínimo. Não é justo, eles têm contas para pagar', afirmou Sônia que explicou que está fazendo um evento em seu condomínio para tentar levantar fundos para dar vale aos empregados. 

Sônia contou que já acionou o Ministério Público na semana passada para tentar solucionar o problema o mais rápido possível. "É um sofrimento muito grande", desabafou a diretora.

A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) mas, até o fechamento na matéria, a pasta não se pronunciou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp