Salvador

Salvador possui 2,5% de mulheres como motoristas da Uber; empresa quer aumentar esse índice com novo projeto

Divulgação e Victor Pinto / BNews
O dado soteropolitano está bem abaixo do índice nacional: dos 600 mil motoristas, o público feminino representa 6%  |   Bnews - Divulgação Divulgação e Victor Pinto / BNews

Publicado em 11/03/2020, às 12h45   Victor Pinto


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Entre todos os motoristas cadastrados na Uber em Salvador, apenas 2,5% são mulheres. O dado soteropolitano está bem abaixo do índice nacional: dos 600 mil motoristas, o público feminino representa 6%. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (11) pela diretora geral da Uber no Brasil, Claudia Woods, durante apresentação do projeto Elas na Direção, em encontro com jornalistas na sede da empresa, em São Paulo. 

Depois de um teste iniciado há duas semanas em Feira de Santana, agora será a vez da capital baiana fazer parte das praças que recebem uma série de incentivos focada para o público feminino a partir do dia 30 de maneira integral. Manaus, Recife, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília, serão outras capitais que fazem parte da expansão do projeto depois da fase de testes, que começou em Fortaleza, Curitiba e Campinas e chegou a outras 7 cidades (a exemplo de Feira). 

Além das vantagens oferecidas para quem já dirige usando o aplicativo da Uber, como o programa de vantagens Uber Pro, promoções especiais para aumentar os ganhos e ferramentas exclusivas, Elas na Direção conta com ações para quem já é parceira e para quem deseja se tornar motorista. 


Entre os pontos apresentados por Claudia Woods estão: a possibilidade das mulheres desligarem o aplicativo quando quiserem sem sofrer eventuais punições garantindo um dos pontos relacionados a segurança durante corrida; desconto de 10% de aluguel de carros pela Localiza, pois foi identificado pela empresa a dificuldade de acesso a carros pelas mulheres; aulas on-line de educação financeira e plantão contra duvidas para o público feminino. 

"Na Uber, nós acreditamos que cada viagem pode gerar uma oportunidade econômica. Mas, analisando a base de motoristas cadastrados, vimos que ainda existe uma grande diferença entre o número de homens e mulheres que, de fato, aproveitam essa oportunidade. As mulheres ainda representam 6% da base de motoristas parceiros que utilizam a Uber no Brasil. E os motivos vão desde a falta de conhecimento sobre o que é preciso para se cadastrar, passando pela falta de visibilidade sobre os ganhos potenciais e até os desafios de segurança que a nossa sociedade impõe", explica Woods.

INCLUSÃO - O projeto também visa trabalhar com a vertente da inclusão de mulheres trans. “Para se sentirem mais à vontade, as motoristas podem optar por levar apenas usuárias que se identificam como mulheres, sejam cis ou trans. A ferramenta U-Elas pode ser ligada a qualquer momento e está disponível exclusivamente para parceiras mulheres. Entendemos que esse é um primeiro passo para que, no futuro, tenhamos um número suficiente de mulheres dirigindo para também oferecer essa opção para usuárias mulheres com a mesma eficiência que é marca registrada da Uber", completou a diretora geral.

Questionada pelo BNews sobre a forma que será utilizada para atingir esse público, Woods explicou que será desenvolvida uma campanha específica para as mulheres, no mesmo padrão realizado para todos os públicos, preferencialmente pela internet, mas com uma estratégica focalizada. “Vamos atingir as mulheres que tenham esse interesse e também vamos promover reuniões nas cidades˜, disse. 

* O editor viajou a São Paulo a convite da Uber

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