Salvador

Prefeitura de Salvador discute projeto para levar educação menstrual nas comunidades

Dinaldo Silva/BNews
Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 19/06/2021, às 11h27   Laiz Menezes e Lara Curcino


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A vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, informou ao BNews neste sábado (19), durante ação solidária contra pobreza menstrual, que a prefeitura discute ações para levar educação menstrual às comunidades soteropolitanas e escolas da rede municipal. 

“Nós reunimos, as equipes de algumas secretarias na sexta (18) para discutir esse tema da dignidade menstrual. Nós temos o EJA, Educação de Jovens e Adultos, nós temos pouco mais de 32 mil pessoas que menstruam em nossa rede. Essa tema da educação sexual é algo que está começando a ser discutido, mas a gente tem que ter muito cuidado para ser algo tratado por eles e para eles. Não o conceito professoral, ideológico, relgioso e moral, mas o conceito físico, para que esses jovens não estejam sujeitos a doenças. [...] Precisamos levar conhecimento a pessoas em vulnerabilidade social, sem teor religioso, moral, somente de higiene e saúde”, explicou a vice-prefeita. 

Ana Paula ainda comentou sobre o evento, que, segundo ela, trata de um tema muito invisibilizado, mas que atinge muitas pessoas de baixa renda.

“Nós temos realidades de pessoas que menstruam, mulheres, meninas e homens trans em fase de transição, que muitas vezes não conseguem ir para a escola, para o estágio, faculdade ou trabalho porque não têm absorvente, água limpa, banheiro com condições dignas. A gente tem buscado dar mais acesso a saneamento básico, discutir políticas públicas que podem ser implementadas. Estamos em um momento de pandemia em que nossos recursos estão muito concentrados nos esforços para combater o coronavírus, mas a gente entende que precisa avançar nesse tema e conseguimos o apoio da Universidade Salvador para promover essa ação. Agora precisamos de parcerias com outras instituições privadas para realizar  iniciativas do tipo”, afirmou. 

Presente no mesmo evento, a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Fernanda Lordelo, também participa do desenvolvimento do projeto relacionado à educação menstrual

“Estamos em um movimento com outras secretarias para iniciarmos um diálogo mais próximo da comunidade. Em razão da pandemia temos algumas restrições, mas já vamos trazer essa discussão para a mesa. Tivemos recentemente uma parceria com a Farmácia São Paulo para doação de produtos de higiene pessoal a pessoas de baixa renda. Quando as mulheres viram que tinha absorvente entre os itens elas chegaram a chorar. Assim a gente percebe o grau de fragilidade desse público”, contou.

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