BNews Gastrô: Mímu Cafeteria integra gastronomia e arte ancestral africana em Salvador

O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) apresenta a Mímu Cafeteria no piso térreo, oferecendo 30 opções de refeições no cardápio fixo e sazonal. O estabelecimento, gerenciado por um coletivo feminino independente, convida os visitantes a conectar-se ao acervo museal enquanto apreciam a gastronomia de origem africana.

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A Mímu Cafeteria, localizada no Centro Histórico de Salvador, destaca-se pela ambientação que incorpora elementos de diversas etnias africanas. O espaço exibe referências ao Festival Bogo Ja, máscaras artísticas de diferentes etnias e uma pintura do artista baiano Eder Muniz, explorando o ritual de origem do café na Etiópia e sua evolução histórica.

Conceito

Mais que um local para degustar cafés excepcionais, a Mímu Cafeteria se posiciona como ponto de encontro entre gastronomia e cultura, inspirada na herança africana. Cecília Silva, uma das gestoras, explica que "Mímu", na língua Yorubá, significa bebidas, remetendo ao acolhimento e carinho associados à preparação de café.

Cardápio Vibrante

Com mais de 30 opções, o cardápio fixo inclui diferentes aromas de café, lanches regionais e variações. Os cardápios sazonais adaptam-se às exposições do Muncab, proporcionando uma "extensão sensorial" das atividades culturais.

Compromisso

Além de oferecer produtos artesanais, a Mímu Cafeteria comercializa itens orgânicos, apoiando cooperativas de agricultura familiar na Bahia. O espaço também destaca obras de artistas locais, oferecendo aos visitantes uma chance de levar para casa um pedaço da cultura baiana.

Empoderamento

A gestão coletiva feminina da Mímu Cafeteria, liderada por quatro empreendedoras pretas, destaca-se pelos princípios de empoderamento feminino, memória ancestral, acesso à alimentação de qualidade e compromisso com o interesse coletivo.

Sobre o Muncab

O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira reabriu com a exposição "Um Defeito de Cor", abordando batalhas pela liberdade e conquistas contemporâneas. O Muncab, criado em 2009, é um espaço dedicado à preservação das culturas afro-brasileiras, ocupando cinco andares em um edifício neoclássico centenário na Bahia. O acervo permanente destaca artistas como Yêdamaria, Mestre Didi, Rubem Valentim, Emanoel Araújo e Agnaldo dos Santos.