Salvador

Decoração da loja Reserva, com manequim preto quebrando vidraça, desperta acusação de racismo em Salvador

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De acordo com internauta, um funcionário do estabelecimento informou que o manequim estaria "assaltando a loja"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram (@professorabeth)

Publicado em 15/02/2022, às 20h26 - Atualizado às 22h17   Beatriz Araújo


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Mais uma loja de roupas está sendo acusada de racismo em Salvador. Desta vez, o alvo da denúncia é a Reserva, que estaria utilizando na decoração da unidade localizada no Shopping Barra uma referência racista. De acordo com uma internauta, um manequim preto, colocado de forma a parecer que estaria quebrando um vidro de acesso ao estabelecimento, estaria representando um assaltante.

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"Isso é sério? É sério que a loja @reserva do @shoppingbarra contratou uma pessoa para fazer essa "vitrine conceito assalto à loja por um manequim preto com camisa listrada quebrando o vidro da loja"? E aceitou a "ideia" sem questionar?", aborda a mulher.


Ainda de acordo a denunciante, a suspeita de que o manequim teria sido colocado propositalmente nesta situação para parecer um assaltante foi confirmada por um funcionário da loja. "Um manequim chocante assaltando a loja como próprio funcionário falou. O que intriga é o manequim com ação violenta ser preto. Por que não branco, ou de outra cor? Sinto como racismo", emendou.

Confira:

O BNews entrou em contato com a Reserva através do WhatsApp, mas não obteve retorno. Ao Correio, a loja informou que a vitrine, chamada de Loucuras pela Reserva, "jamais teve como objetivo ofender qualquer pessoa ou disseminar ideias racistas e sim de somente divulgar a liquidação da marca". A loja afirmou que o boneco de cor preta é o mesmo usado do lado de dentro da vitrine e disse que a decoração será desmontada. A Reserva ainda afirmou repudiar o racismo.

No último dia 28 de dezembro, a loja Zara localizada no Shopping da Bahia, em Salvador, foi palco de um caso que envolve abordagem de segurança a clientes negros. Na ocasião, um homem disse ter se sentido envergonhado após um segurança, que também é negro, tê-lo abordado, supostamente, em razão apenas da sua cor da pele.

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