Salvador
Publicado em 05/04/2022, às 14h34 Samuel Barbosa
A família de um adolescente de 15 anos, morador de Salvador, tem lutado na Justiça desde dezembro de 2021 contra o plano de saúde Amil. O menor está em busca de tratamento contra a obesidade mórbida, e demais comorbidades como síndrome de apneia, osteoartroses em coluna, joelhos, pés e tornozelos, hidronefrose e colecistolitiase. No mês passado o BNews já havia noticiado outro caso envolvendo a Amil e uma paciente em busca de tratamento contra o obesidade.
Acontece que a operadora vem negando o tratamento, motivo que fez a mãe do garoto ajuizar uma ação na 14ª Vara de Relação de Consumo. "Eu me sinto completamente lesada até porque a gente está falando de um menor de idade que com 15 anos está pesando mais de 140Kg, já foram feitas diversas consultas, diversos acompanhamentos por nutricionistas, só que é um caso que realmente precisa de internação porque ele precisa ser 24 horas monitorado, ele precisa de um acompanhamento psicológico e a Amil se nega a dar esse tratamento de obesidade que é considerada uma doença".
A genitora, que preferiu não se identificar para preservar a imagem do paciente, disse à nossa reportagem na tarde da última segunda-feira (4) que o adolescente não consegue dormir direito, e já não frequenta a escola por vergonha do corpo.
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Ela ressalta que em resposta a uma primeira decisão da Justiça, a Amil chegou a "forjar" uma autorização de tratamento em uma clínica que não presta o serviço. "Teve a decisão da juíza e eles fizeram a falsa autorização pra a Fundação José Silveira onde não existe nenhuma clínica lá de tratamento da obesidade, então eles estão forjando, dizendo que acatou só que estão autorizando numa fundação que não tem nada a ver com a clínica que está no processo".
Também em conversa com o BNews, a advogada Candice Santana, que defende o caso do paciente, disse que a empresa vem ignorando as determinações e prazos estabelecidos pela Justiça. "A Amil está descumprindo as decisões absurdamente depois de inúmeras petições reiteradamente. Eu fiz inúmeros pedidos e eles ficam recorrendo e não autorizam o procedimento”, reiterou.
Enquanto a decisão não é cumprida pelo plano de saúde, a mãe do adolescente teme o pior. "Ele está se trancando dentro do quanto e isso pode gerar traumas ainda maiores como depressão", diz.
O que diz a Amil:
A Amil informaou, em nota, que cumpre todas as decisões judiciais e está adotando as providências necessárias para o tratamento do cliente.
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