Salvador

Vídeos: Mulher diz que peruana agrediu seu filho; acusada nega e relata que vem sofrendo ameaças

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O caso aconteceu em Canabrava no último final de semana. Na quinta (17) a mulher e a peruana vão prestar depoimento na Dercca  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Vídeo

Publicado em 16/11/2022, às 23h30   Redação BNews



Uma mulher, de origem peruana, está sendo acusada de agredir uma criança de onze anos no bairro de Canabrava, em Salvador, no último domingo (13). O caso foi registrado na Delegacia de Repressão a Crimes contra Criança e Adolescente (Dercca) pela mãe da vítima, a empresária Luciana Ribeiro, que conversou com a reportagem do BNews.

Segundo Luciana, o filho dela e o neto da estrangeira estava brincando na área do condomínio Nova Cidade 2, onde eles moram, quando começaram a discutir por causa de uma partida de futebol. “A criança disse que ia pegar uma faca para matar o meu filho. Foi nessa hora que o meu menino o segurou pelo braço e disse: ‘Calma, cara. Calma’. Depois disso o menino saiu e a mãe dele apareceu já agredindo o meu filho, o esganando e puxando o cabelo”, contou Luciana.

A peruana, que preferiu não ter o nome revelado, contesta a versão, apesar de citar que teria se exaltado, pois ficou “nervosa”. “Meu neto chegou em casa ainda ofegante, com hematomas, afirmando que havia apanhado dos meninos do condomínio. Nesse momento eu desci e procurei saber quem tinha batido nele, pois eu pretendia falar com a mãe. Foi nesse momento, quando os meninos que brincavam no condomínio me levavam até o prédio dele, que a criança apareceu e eu o segurei pela gola da camisa e perguntei porque ele fez isso com o meu neto”, descreveu a avó também em entrevista ao BNews.

A partir daí os fatos relatados pelas mulheres divergem bastante. Luciana diz que além das agressões, a criança teria sido ameaçada pelas filhas da peruana, que teriam dito: “A gente não vem lhe bater mais, não. Vamos mandar os caras virem lhe pegar”. Desde então, segundo Luciana, o menino tem ficado trancado em casa, com medo, chegando, inclusive, a sonhar com a situação.

Por outro lado, a peruana que mora no Brasil há 31 anos, conta que passou a ser assediada e agredida pela empresária, a ponto de precisar registrar um boletim de ocorrência na 10ª Delegacia Territorial (DT/Pau da Lima) e ainda sair do bairro. “Estou vivendo o pior pesadelo da minha vida. No mesmo dia ela (Luciana) e irmã foram para cima da minha família, xingando e agredindo, foi preciso a polícia ser chamada. Já na delegacia ela chutou o carro, bateu na gente, chegou a machucar o meu marido, dizendo que queria a minha morte, que não sabia com quem eu havia me metido”, disse a peruana.

“Eu precisei chamar a polícia para conseguir tirar os meus netos de casa depois que voltamos da delegacia, porque ela não saía da frente do meu prédio e desde então eu não volto mais, porque segundo as minhas vizinhas ela não saí de lá. Em momento nenhum eu tive chance de pedir desculpas, porque são filhos, meu neto é muito querido”, lamentou a avó.

Segundo Luciana, essa não é a primeira vez que a peruana é agressiva com uma criança do prédio e o fato dela não ir mais para casa seria um indicativo de que ela tem fugido depois da denúncia. A versão da acusada é de que o filho da empresária já é conhecido por se envolver em brigas e para proteger a si e aos seus de ameaças que vem recebendo pela internet precisou sair de casa, indicando que solicitará uma medida protetiva contra a vizinha.

Tanto Luciana quanto a peruana esperam por uma oitiva, marcada pelos delegados que atuam na Dercca. Elas devem ser ouvidas nesta quinta-feira (17), às 14h, para tentar resolver o problema.

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