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Virada Salvador: Após grupo ficar sem entrar em camarote, promoters que venderam ingressos têm contas bloqueadas

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Promoters estão sendo chamados de golpistas por compradores de ingresso para camarote do Festival Virada Salvador  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 04/01/2024, às 23h25 - Atualizado em 05/01/2024, às 06h00   Cadastrado por Victória Valentina


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O caso envolvendo um suposto golpe nas vendas de ingressos de um camarote para o Festival Virada Salvador 2024, que aconteceu na Arena Daniela Mercury, no último dia 31, ganhou um novo capítulo. Em contato com o BNews, a advogada Katiana Morocx, que representa os promoters acusados de golpe, afirma que os profissionais estão tentando devolver o dinheiro dos foliões, mas que o banco bloqueou suas contas.

Tudo começou quando um leitor denunciou à reportagem que teve sua entrada na área vip cancelada no último dia 31. A compra havia sido feita através de promoters, pessoas responsáveis por divulgar e repassar os ingressos de diversas empresas de diversos eventos na cidade, como neste caso, da On-Line Entretenimento, responsável pelos camarotes na Arena Daniela Mercury.

Conforme relatado pela advogada, o grupo que comprou os ingressos curtiram a festa nos dias 28, 29 e 30 normalmente, sem nenhum problema. Porém, por meio nota enviada em grupos de mensagem de venda, esses promoters anunciaram para os clientes no dia 31 a impossibilidade de acesso, acusando a On-Line Entretenimento pelo cancelamento da lista. A partir daí, a confusão foi formada.

De acordo com uma das promoters, que não quis ser identificada, ela e outros profissionais prestaram conta dos valores dos ingressos nos 28, 29, 30 e 31 para a On-Line, e que não sabiam o motivo pelo qual não poderiam entrar no espaço.

Desta forma, recebendo diversos questionamentos dos que foram barrados, trataram de tentar devolver os valores. Acontece que, por causa da intensa movimentação dos valores no banco Pagseguro, inclusive de cancelamento das compras feitas por cartões de crédito, as transações e as contas foram bloqueadas por questão de segurança.

"Eles estão impedidos de movimentar a conta e não têm dinheiro deles para poder devolver até desbloquear. Estou tendo que entrar na Justiça para o juiz tentar liberar o bloqueio e fazer a devolução dessas pessoas que não puderam curtir o réveillon", disse a advogada.

Foto: E-mails recebidos pelos promoters informando o bloqueio.

Em contrapartida, no último dia 1º, a On-Line Entretenimento emitiu nota e informou que desconhecia as vendas de ingressos em canais não oficiais, e que o setor Prime estava com acesso esgotado há cerca de 10 dias. 

Versão dos promoters

Diante da confusão envolvendo a falta de esclarecimentos da empresa e da tentativa de explicar a situação para os clientes, os profissionais passaram a receber mensagens de ameaças dos compradores, sendo chamados de golpistas.

Uma das promotoras alegou que vendeu entrada para os setores “Elegance” e “Prime” do referido camarote para mais de 250 pessoas, e que está com R$ 50 mil bloqueados para devolver aos clientes. Por meio de prints enviados ao BNews, ela mostra algumas conversas que teve com clientes, tentando explicar a situação.

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Foto: Conversa entre um dos promoters e uma das pessoas que adquiriu as entradas.

Cerca de 10 promoters envolvidos no caso se reuniram e fizeram um Boletim de Ocorrência na Delegacia Virtual contra a On-Line Entretenimento e contra dois homens que intermediavam o contato entre a empresa e os profissionais de revenda.

No documento, eles alegam que fizeram a "devida divulgação do espaço, divulgação da venda, recolheram dinheiro dos clientes e enviaram para conta indicada pelo preposto da empresa (...) totalizando uma média de 1000 mil pessoas e um valor total de aproximadamente R$ 400 mil".

Até o momento, nem todo valor foi repassado para os clientes. A advogada ainda tenta judicialmente fazer o desbloqueio das contas para que todos tenham o dinheiro de volta.

Classificação Indicativa: Livre

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