Saúde

Agenda para reabertura do Espanhol começa segunda-feira

Publicado em 25/09/2015, às 19h02   Leo Barsan (Twitter @leobarsan)


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A Real Sociedade Espanhola inicia, a partir da próxima segunda-feira (28), um cronograma de reuniões com bancos e fornecedores, além de recadastramento de sócios do Hospital Espanhol, unidade hospitalar fechada há um ano, para dar andamento ao processo de reabertura do equipamento.

Nesta sexta-feira (25), uma audiência global de conciliação foi realizada na sede do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) e a Promédica foi anunciada como interessada na aquisição do equipamento. A empresa é uma das administradoras do Hospital do Subúrbio, por meio de Parceria Público-Privada com o governo estadual.

De acordo com o advogado da Real Sociedade, Washington Pimentel, os valores da transação ainda não foram definidos. “A agenda vai quantificar o valor da proposta. Até o momento, temos dados sobre débitos com a Desenbahia e a Caixa Econômica. O total de dívidas trabalhistas ainda está em fase de fechamento”, disse ele, acrescentando que o TRT-BA vai iniciar uma força-tarefa para agilizar a conciliação dos processos em primeiro grau.

No escuro

Apesar do anúncio da proposta, membros do Fórum Independente dos Sócios, Amigos e Colaboradores do Hospital Espanhol (Fisache) ainda reclamam da falta de informações por parte da Real Sociedade. “Estamos no escuro. Sabemos que existe uma proposta, mas não temos detalhes sobre essa carta de intenções. O conselho administração não procura os sócios. Querem vender uma propriedade que é nossa sem nos consultar”, queixou-se Renato Leiro, integrante do Fórum.

O presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia, Francisco Magalhães, afirmou que a Promédica não teria condições de comprar a unidade de saúde. Leiro, no entanto, acredita que “fundos internacionais” podem estar balizando a carta de intenções recebida pelo conselho de administração. “É possível que empresas estrangeiras estejam interessadas em investir em saúde no país e firmaram contrato com a Promédica”, comentou.

Sobre as reclamações dos integrantes do Fisache, o advogado da Real Sociedade afirmou que o processo ocorrerá de forma transparente. “Existia um hiato porque, num primeiro momento, as informações sobre a empresa interessada não podiam ser divulgadas. A proposta atende a uma das principais premissas, que é a contemplação dos interesses dos sócios”, assegurou. Apesar do andamento das negociações, ainda não há previsão para reabertura do hospital.

Classificação Indicativa: Livre

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