Saúde

Médico de SP consegue visto humanitário e traz pacientes que estavam no Japão para serem tratados no Brasil

Arquivo pessoal
Olavo Ribeiro Rodrigues já trouxe mais de 30 pacientes que escolheram ser tratados no país de origem   |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 24/04/2021, às 19h19   Redação BNews


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Atuando como cirurgião de tórax e pneumologista há 16 anos, o médico da cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, Olavo Ribeiro Rodrigues, de 72, que auxilia voluntariamente pacientes brasileiros que vivem no Japão a voltarem ao Brasil para tratar diversas doenças, já não pode mais dar continuidade ao trabalho. As informações são do G1. Em razão da pandemia da Covid-19, o Japão restringiu ainda mais a entrada de estrangeiros, especialmente brasileiros, o que dificultou o acesso do médico ao país.

Responsável pelo tratamento de pacientes com câncer, necessidade de transplante de órgãos, AVC, doenças renais, diabetes avançada e outras enfermidades que exigem agilidade no tratamento, o médico auxilia os brasileiros que escolhem ser tratados no seu país de origem.

Rodrigues conta que já trouxe mais de 30 doentes do Japão para dar continuidade ao tratamento em solo brasileiro: “A maioria é de São Paulo, mas já trouxe gente de Londrina, Maringá, Cascavel no Paraná, de Pernambuco e Mato Grosso. No entanto, diante da atual situação sanitária mundial, desta vez a viagem só foi possível porque o médico conseguiu um visto humanitário que lhe permite cruzar o mundo. 

Olavo chegou a ter o visto negado em novembro e dezembro. Em janeiro, com a chegada da segunda onda no Brasil, o fato se repetiu, mas as necessidades dos pacientes permaneceram. “Eu pedi para conversarem com o cônsul de São Paulo. O governo do Brasil no Japão, o embaixador, fez pedido para o Ministério de Relações Exteriores do Japão. O Ministério do Japão fez uma autorização para o cônsul japonês em São Paulo fornecer um visto para mim e a enfermeira que me acompanha”, explicou Rodrigues.

O visto humanitário, concedido no dia 22 de março, permite, por exceção, o cumprimento de uma missão humanitária que é resgatar alguém vulnerável. 

“Sempre conto com o apoio dos familiares nessa etapa e solicito uma vaga no hospital da cidade de domicílio do paciente e uma ambulância para o transporte. O governo do Paraná, por exemplo, como é transporte interestadual, tem enviado um táxi aéreo, que é um avião de pequeno porte com UTI a bordo gratuito pelo SUS”, relatou sobre o processo. 

O trabalho do médico só é concluído  quando ele chega ao Brasil e entrega o paciente aos médicos das ambulâncias que ficam responsáveis por transportá-los até a cidade onde moram. 

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