Saúde

"No meio de uma relação sexual, ficava pegando o celular", conta viciado em telas; Brasil é 2º no ranking

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Brasil está apenas da África do Sul no ranking mundial  |   Bnews - Divulgação FOTO: ILUSTRAÇÃO / PIXABAY

Publicado em 19/12/2023, às 13h45   Cadastrado por Maycol Douglas


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O Brasil está próximo ao topo de mais um ranking mundial negativo, na visão de alguns. O país está em segundo lugar das nações em que a população mais gasta tempo em frente às telas de aparelho celulares, ficando atrás apenas da África do Sul.

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Em média, o brasileiro costuma gastar 9 horas e 30 minutos por dia, equivalente a 142 dias no ano inteiro, números que surpreendem muitas pessoas que relatam serem viciados em redes sociais. Em entrevista ao UOL, Guilherme Bueno, de 30 anos, diz que o vício nas redes sociais acabou atrapalhando suas relações amorosas e sua vida profissional.

"Impactou nas minhas relações amorosas e com o trabalho. Tive um relacionamento com uma pessoa que uma das principais brigas era por causa disso. Uma vez, estava no meio de uma relação sexual, e ficava pegando o celular para atualizar o feed porque estava aguardando um anúncio", disse.

O homem ainda revela quando se deu conta de que o uso excessivo na tela estava atrapalhando sua vida pessoal, e conta que foi em um momento bastante delicado em que passava.  "Comecei a perceber que tinha algo de errado na minha relação com as redes sociais no enterro da minha avó. Eu era muito próximo dela, estava em luto, mas passava o todo tempo no Twitter. Estava vendo coisas totalmente aleatórias", comenta Guilherme.

O psicólogo Cristiano Nabuco, que é especialista em dependências tecnológicas, faz um alerta e diz que o uso da tecnologia não é o único problema e chama a atenção para usuários das redes sociais.

"O grande ponto é quando as atividades que seriam factíveis de serem feitas na vida real começam a ser transferidas de uma forma inocente para virtual. (...) O problema é quando existe um uso compulsivo e automático sem qualquer propósito. A hora que a gente observa indivíduos fazendo isso de forma impulsiva e quase automática é onde mora o perigo", disse o especialista.

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