Saúde

Especialistas alertam que não existem fórmulas para emagrecer e não recomendam medicamentos e chás

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Após morte de Paulinha Abelha, especialistas falam sobre fórmulas para emagrecer  |   Bnews - Divulgação Foto Ilustrativa/Pixabay

Publicado em 10/03/2022, às 15h40   Redação BNews


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Após a grande repercussão sobre o uso de chás, medicamentos e fórmulas para emagrecer por causa da precoce morte da cantora Paulinha, de 43 anos, alguns especialistas falaram sobre os danos que esses componentes podem gerar na saúde das pessoas. Segundo eles, não existe fórmula mágica de emagrecimento e muitas dessas substâncias podem danificar o organismo humano. 

Vale lembrar que Paulinha, vocalista da banda Calcinha Preta, faleceu em decorrência do uso de substâncias para emagrecer, para dormir, ficar alerta e ganhar definição muscular, que acabaram lesionando o seu fígado, de acordo com os exames feitos na cantora. 

O médico endocrinologista da Associação Brasileira para o Esturo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), Clayton Macedo, disse ao G1: que "o próprio nome 'fórmula' já remete a mistura de ingredientes, o risco de efeitos colaterais e contaminação é bem maior".

Para o o endocrinologista Cesar Boguszewski, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), não se deve falar em fórmulas para emagrecer, e sim em tratamento para obesidade. O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho, ainda acrescentou que "não existe uma fórmula específica emagrecedora para todos, mesmo porque não existe uma fórmula para hipertensão arterial, não existe uma fórmula específica para tratamento de diabetes". 

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Substâncias "naturais"

Alguns produtos comercializados como "naturais" também são alvos de crítica dos especialista, pois muitos deles podem apresentar riscos graves à saúde. 

"Muitos produtos comercializados na internet podem conter outras substâncias na sua composição, além das listadas na propaganda, pois não há qualquer controle sobre sua produção, manipulação e comercialização, constituindo um sério problema de saúde pública e um grave risco para a saúde da população", alerta, ao G1, o presidente da SBEM.

Além disso, várias ervas são tóxicas e podem causar lesão ao fígado. A cominação de alguns chás também pode gerar hepatotoxicidade e insuficiência hepática aguda. 

A professora associada de Bioquímica Médica da Universidade Federal da Bahia e médica do serviço de gastro-hepatologia e do núcelo de Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia, Maria Isabel Schinoni, citou algumas ervas que podem atacar o fígado:

  • Chá verde (quando consumido em doses altas)
  • Garcinia cambogia
  • Erva cavalinha 
  • Chá de tapete de Oxalá
  • Sena
  • Cáscara Sagrada
  • Valeriana
  • Espinheiro Santa
  • Composto 50 ervas 

"Quanto mais compostos fitoterápicos ou medicamentos se ingerem juntos, mais possibilidade de lesar o fígado e outros órgãos, como o rim", explica Schinoni.

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