Saúde
Admitir que precisa de ajuda não é fácil. Na escola, no trabalho e nos relacionamentos, a busca por autonomia e reconhecimento pode levar muitas pessoas a reprimir suas emoções e dificuldades. Essa postura, por mais forte que possa parecer, pode ter um custo alto para a saúde mental.
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A pressão por excelência e a necessidade de demonstrar uma imagem de força podem levar ao esgotamento mental. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), lidera o ranking mundial de ansiedade, com mais de 9% da população sofrendo com o transtorno. Além disso, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, uma doença ocupacional relacionada ao estresse crônico no trabalho.
A depressão também é um problema de saúde pública no país. O Brasil ocupa a primeira posição no ranking da América Latina em número de casos, com mais de 11 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença.
A psicoterapia pode ser uma solução para ajudar no bem-estar físico e emocional, mas ainda há muitos paradigmas sobre a sua eficácia. Pensando nisso, o BNews conversou com a psicóloga Marília Rios, para esclarecer cinco mitos comuns na atuação terapêutica. Confira:
🕵🏻 MITO 1: Psicólogos somente escutam e fazem anotações durante a consulta
A crença de que o psicólogo apenas escuta e faz anotações sem interagir durante a consulta é comum entre aqueles que evitam o atendimento profissional e tem sido construída a partir de estereótipos.
Infelizmente, essa é uma visão simplificada e equivocada do papel do psicólogo no processo terapêutico, por isso é importante esclarecer que nosso papel vai muito além de apenas escutar e fazer anotações”, destaca Marília Rios.
A psicóloga ainda afirma que as anotações “são ferramentas essenciais na prática clínica, servindo para várias funções, tais como registro de informações importantes, acompanhamento do progresso, planejamento de intervenções para próximas sessões”.
🕵🏻 MITO 2: Os pais são a causa de todos os problemas, segundo a terapia
Os problemas familiares tendem a ser comuns em quem procura auxílio terapêutico, mas é preciso compreender que a “ideia de que os pais são a causa de todos os problemas” não passa de um mito reducionista.
Não faz sentido colocar a culpa exclusivamente nos pais, mas sim busca compreender as complexas interações entre os membros da família e como esses relacionamentos influenciam o comportamento e o bem-estar do indivíduo”, enfatiza Rios.
🕵🏻 MITO 3: Todo psicólogo é igual
Uma experiência ruim é o suficiente para que algumas pessoas desistam de procurar auxílio terapêutico, pela crença de que todos os psicólogos são iguais.
Esse mito desconsidera a diversidade de abordagens terapêuticas e a importância do vínculo terapêutico”, explica a psicóloga.
Para Marília Rios, é fundamental que psicólogo e paciente criem uma conexão, o que pode gerar um desconforto inicial nos atendimentos, mas “isso não significa que a terapia não funcione”.
🕵🏻 MITO 4: Terapia online não funciona
Na verdade, ambas as modalidades podem ser igualmente efetivas, e a escolha mais adequada varia de pessoa para pessoa. A preferência individual, a disponibilidade de tempo e a rotina do paciente são fatores que influenciam essa decisão.
O que importa é a qualidade da conexão, ambiente que garanta sigilo e a comunicação entre o terapeuta e o cliente, que pode ser mantida em um ambiente virtual”, reforça Rios.
🕵🏻 MITO 5: A terapia não traz resultados rápidos
Esse mito surge de expectativas irreais sobre o processo terapêutico, da falta de compreensão de como a terapia funciona e da ansiedade para que os problemas sejam resolvidos rapidamente.
Muitos dos motivos que levam as pessoas à psicoterapia podem ter se desenvolvido ao longo de muitos anos, logo geralmente não mudam instantaneamente. A terapia é um processo que envolve explorar essas dinâmicas, identificar áreas de mudança e desenvolver novas formas de interagir e resolver problemas”, explica a psicóloga.
Resultados rápidos são possíveis, dependendo do contexto e das expectativas.
Quando os objetivos são claros e focados, como melhorar a comunicação em um relacionamento ou gerenciar uma crise específica”, destaca Rios, que reforça, contudo, que o tipo e a gravidade dos problemas também influenciam a rapidez com que os resultados podem ser observados.
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