Saúde

Medicamento ainda em estudo faz câncer desaparecer de todos os pacientes

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Medicamento faz câncer desaparecer um ano depois de pacientes começarem a receber medicamento imunoterápico  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Sempre Família

Publicado em 07/06/2022, às 17h26   Redação BNews


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Um medicamento ainda em teste trouxe grande esperança para os pacientes com câncer colorretal com uma mutação específica. Um estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine nesse domingo (5) mostrou que todos os participantes do estudo americano viram o câncer desaparecer um ano após começarem a receber o medicamento dostarlimab.

O imunoterápico, que é aprovado em alguns países (inclusive no Brasil) para tratar câncer de endométrio, não tinha sido testado contra outros tipos de tumores, informa o Metrópoles. Os indivíduos tomaram o dostarlimab a cada três meses durante seis meses. Um ano depois do início do tratamento, não foram encontradas evidências de tumores nos exames.

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Segundo a publicação, todos os pacientes que participaram têm uma mutação chamada MMRd, que acomete de 5% a 10% das pessoas com a doença. Esta característica tende a tornar os indivíduos menos responsivos à quimioterapia e radioterapia, mas deixa as células cancerígenas mais vulneráveis à resposta imunológica incentivada por um agente imunoterápico, como o remédio.

Em entrevista ao jornal The New York Times, o oncologista do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, afirma que a taxa de sucesso da pesquisa não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado na história de estudos contra o câncer. Dos 18 participantes, 6 ainda não tiveram seus resultados divulgados por terem entrado no teste do medicamento depois.

O tratamento tradicional para câncer colorretal é cirurgia, radiação e quimioterapia. Pelo posicionamento da região, os pacientes podem desenvolver problemas como disfunção de intestino e bexiga, incontinência urinária, infertilidade e disfunção sexual por conta dos procedimentos.

Outras pessoas também devem ser incluídas na pesquisa, e os cientistas esperam testar o remédio contra outros tipos de câncer. Apesar dos bons resultados, pesquisadores não envolvidos no trabalho pedem “otimismo e cautela”: enquanto não existirem dados de longo prazo, não é possível dizer que o câncer está curado e é preciso testar o medicamento em mais pacientes.

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