Saúde

Novembro Azul: Especialista alerta para grupos de risco e reforça cirurgia robótica no câncer de próstata

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Intervenção robótica torna o pós-cirúrgico do câncer de próstata menos complicado para o público masculino  |   Bnews - Divulgação Divulgação/iStock
Pedro Moraes

por Pedro Moraes

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Publicado em 11/11/2022, às 05h45


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Após o mês de outubro de conscientização sobre o câncer de mama, o mês de novembro chega, anualmente, destacando a conscientização para os cuidados referentes à saúde do homem, com ênfase na prevenção e combate ao câncer de próstata. De acordo com dados apontados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) junto ao Ministério da Saúde, os homens têm menos adesão ao médico do que as mulheres.

Para se ter uma noção mais ampla dessa condição tradicional, neste ano, no Sistema Único de Saúde (SUS), no primeiro semestre deste ano, 200 mil pacientes homens foram consultados por urologistas, enquanto consultas ginecológicas chegaram a 1,2 milhão. 

Ciente de que existe relação da criação histórica dos homens em “não chorar”, “ser resistente” para “superar adversidades” com o hábito ruim de não ter autocuidado com a saúde, sobretudo com exames de toque e de sangue - o PSA (Antígeno prostático específico) -, que podem elevar o índice de cura do diagnóstico do câncer de próstata, o médico urologista, uro-oncologista e cirurgião robótico, Nilo Jorge Leão, menciona uma alternativa que, quando diagnosticada a doença, pode combater a fragilidade masculina: a cirurgia robótica.

Esse processo permite visualizar os órgãos em alta definição e em três dimensões (3D), além de realizar movimentos delicados e mais precisos. O detalhe é que a cirurgia acaba se tornando menos invasiva e com resultados mais eficazes.

“Com a cirurgia robótica, o homem pode, inclusive, voltar a dirigir 5 dias após a cirurgia, voltar a fazer caminhadas dentro de até 15 dias após a cirurgia, e voltar a vida normal 1 mês após a cirurgia. Então é uma cirurgia que possibilita uma recuperação super rápida”, pontua. 

Grupos de risco 

Assim como em doenças cardiovasculares, que matam mais homens do que mulheres, no câncer de próstata, existe uma necessidade de atenção especial com a parte da orientação e da prevenção da população masculina. Somente nessa enfermidade, pelo menos 1 em cada 8 homens, no Brasil, gera cerca de 70 mil novos casos anuais. 

Como forma de antecipar o diagnóstico e ampliar a cura, questões como a impotência sexual podem ter o risco reduzido significativamente. No meio do público-alvo existem grupos de risco, de acordo com Nilo Jorge Leão. 

“Todo homem com mais de 50 anos deve fazer exame de toque e exames de sangue, o PSA, uma vez ao ano. Caso esse homem seja afrodescente, isto é, negro, ou possui históricos e câncer de próstata em parentes de primeiro grau, como pais e irmãos, e grupos de obesos, esse rastreio tem que se iniciar aos 45 anos, essas são recomendações da Sociedade Brasileira de Urologia”, destaca.

Vale lembrar que a próstata é uma glândula do aparelho reprodutor do homem. Nesse sentido, o bom funcionamento dela está relacionado a um estilo de vida saudável, com exercícios físicos regulares, boa alimentação, controle de peso, dispensa do fumo e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). 

Alerta do Inca

Somente em 2022, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) prevê que surjam 65.840 novos casos de câncer de próstata. O alerta é que a doença é praticamente assintomática no estágio primário. Porém, em fases mais avançadas, sinais como disfunção erétil e dificuldade para urinar se tornam presentes.

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