Deve ser formalizada ainda nesta quinta-feira (10) a decisão da Changi, empresa de Cingapura que controla o
aeroporto internacional do Galeão, de deixar o negócio, informa O Globo. Desta forma, a empresa vai devolver terminal ao governo.
A decisão deverá ser divulgada após reunião do conselho da empresa em Cingapura. A saída da Changi do Brasil acontece após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negar, no início do mês, pedido de reequilibrio financeiro do aeroporto.
A empresa calcula em R$ 7,5 bilhões as perdas com a pandemia e tentava abater essas perdas das outorgras a serem pagas até o fim do contrato, que vai até 2039.
A Anac, porém, entendeu que a proposta jogaria para o governo o risco da demanda ao longo da vigência do contrato. O Galeão foi um dos aeroportos internacionais que mais sofreu com a pandemia e que mais tem demorado a recuperar a demanda. O aeroporto tem perdido passageiros não apenas para o Santos Dumont no Rio, mas também com Viracopos, Confins e Guarulhos.
Ainda segundo O Globo, a Changi venceu a concessão do Galeão como parceira minoritária da Odebrecht e da Infraero. Em 2017, em meio aos escândalos da Lava Jato, a Odebrecht vendeu a sua fatia para a Changi, que passou a deter 51% do aeroporto. A Infraero é dona dos outros 49%. A saída da Changi deve acontecer de forma gradual. Com a saída da Changi, já há quem especule que o governo federal poderia juntar Galeão e Santos Dumont no mesmo contrato de concessão.
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