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Setor de viagens corporativas registra faturamento de R$ 987 milhões em julho

Divulgação / Rudy and Peter Skitterians - Pixabay
Viagens internacionais continuam com fraco desempenho  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Rudy and Peter Skitterians - Pixabay

Publicado em 23/08/2022, às 14h09   Redação BNews



O segmento de viagens corporativas continua a apresentar ritmo de crescimento em 2022 e registrou um faturamento de R$ 987 milhões em julho, valor 1,8% maior do que foi apontado no mesmo período de 2019, antes da pandemia da Covid-19. Essa é a principal conclusão do estudo realizado mensalmente pela Associação Brasileira de Agência de Viagens Corporativas (Abracorp), que avalia o desempenho de 11 setores que compõem esse mercado. No acumulado do ano, o faturamento foi de R$ 5,78 bilhões, ainda 11% abaixo de 2019, com R$ 6,53 bilhões, mas 226% acima do valor obtido em 2021, R$ 1,77 bilhão.

O destaque em julho foi o segmento aéreo, que faturou R$ 644 milhões, 65% do total da receita do setor, acima dos 2,82% em relação ao valor obtido em julho de 2019. "Porém, se olharmos no número de transações, o mês de julho deste ano é inferior 28% em relação ao mesmo período de 2019. Uma das formas de analisar esses dados é considerar que o perfil do viajante doméstico mudou um pouco", avalia Gervásio Tanabe, presidente executivo da Abracorp.

Conforme Tanabe, a ponte aérea, por exemplo, nos trechos Congonhas/Santos Dumont e Congonhas/Brasília, registraram queda de 30% em bilhetes emitidos comparando julho deste ano com o mesmo mês de 2019. Os valores das tarifas, ao contrário, apresentarem aumento de 27%, o que reflete o empate técnico no faturamento. Por outro lado, a redução média geral em bilhetes emitidos ficou menor 15%. "Assim, concluímos que em alguns trechos corporativos o movimento de retomada está mais lento que em outros", conclui Tanabe.

Outro destaque no perfil de viagens corporativas é o volume de vendas internacionais. "Embora a demanda esteja crescente, o viajante corporativo ainda não retomou o fluxo das viagens internacionais registradas em 2019, parte em função da alta do dólar", diz Tanabe.

O segmento hoteleiro, o segundo maior em faturamento dentre os 11 setores analisados pela Abracorp, aponta um faturamento igual em 2022 e 2019, no mesmo período de julho, com pequena variação negativa de 2,0%. Algumas redes, entretanto, tiveram uma movimentação surpreendente. A hotelaria independente cresceu 1,6%, enquanto as redes reduziram vendas em 5,2%.

Os resultados do mês confirmam a previsão da Abracorp, ou seja, fechar o ano com faturamento 20% acima de 2019.

O setor de agências de viagens chegou a perder em torno de 50% dos empregos entre 2019 e 2021, em razão da retração das viagens corporativas. Em 2022, porém, na avaliação da Abracorp, já se espera uma recuperação dos empregos, que vêm sendo retomados desde o início deste ano.

Um dos principais desafios pela frente, segundo Tanabe, é exatamente conseguir trazer esses trabalhadores de volta ao setor de viagens corporativas e alcançar o equilíbrio sustentável diante da alta dos custos na atividade. "A mão de obra das agências de viagens é especializada, especialmente no que se refere ao consultor. A tecnologia melhorou muito a usabilidade para o cliente, mas quanto maior a oferta na internet, mais confusa é a comparação de produtos e serviços, fazendo com que o conhecimento técnico do agente de viagens torne-se relevante", diz Tanabe.

Confira tabela completa dos setores:

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