Meu pet me segue pela casa, devo me preocupar?

Os animais são conhecidos como sendo as melhores companhias para as pessoas, sua fidelidade é algo que encanta as pessoas, sempre acompanhando seus cuidadores. Entretanto, esse tipo de comportamento pode ser prejudicial para os animais.

Ao Bnews, o médico-veterinário e adestrador, especializado em comportamento animal, Rafael Macêdo, explicou o que um pet seguindo seu tutor pela casa pode apontar.

“Isso pode estar significando uma provável dependência do animal com o seu tutor. Seja essa uma dependência por carência ou por fontes de entretenimento, ou seja, o pet não tem muito o que fazer e isso faz com que ele persiga o tutor como forma de entretenimento”, iniciou o especialista.

Rafael destaca que quando o tutor não propõe formas de distrair e manter seu pet ativo, ele pode acabar criando esse tipo de dependência. “Esse comportamento pode ser negativo, pois é um dos primeiros sinais para uma ansiedade de separação”, explicou o médico-veterinário.

Ansiedade de separação:

O adestrador também comentou como a ansiedade por separação pode estar vinculada a esse fator, e como os tutores podem acabar estimulando esse comportamento em seus pets. “Às vezes a gente reforça essa dependência quando a gente dorme com nossos cães, quando damos super atenção, quando somos extremamente carinhosos, ou tratamos pets como se fossem bebês”, apontou o profissional.

“Isso faz com que eles tenham um vínculo com a gente muito forte a ponto de criar uma carência, que na sua ausência, desenvolva essa ansiedade de separação, que nada mais é, que uma angústia que o animal tem nos momentos que ele fica sem o seu tutor”, destacou Rafael.

O que o tutor pode fazer?

Macêdo trouxe algumas dicas para tutores que estão enfrentando dificuldades com os cães devido a esse tipo de comportamento, sendo eles:

• Trabalhar independência: fazer com que o pet entenda que ele consegue ficar sozinho, deixando fontes de entretenimento para que o animal não fique angustiado, quando deixado em casa.
• Dessensibilização: Ressignificar comportamentos que deem gatinhos para os animais, e indiquem que o tutor está saindo. Como por exemplo, utilizar sandálias em casa, para que o pet não associe a utilização do calçado a sair.
• Ensaiar: Ensaiar a saída, para que o cão aprenda a ficar sozinho em curtos períodos, e entenda que o tutor estará voltando e que ele pode ficar sozinho.

O profissional destaca que o treinamento é ideal com o auxílio de um adestrador é fundamental para conduzir o pet e ajudá-lo a se desfazer dessa dependência não saudável. É importante também, que os tutores não estimulem a situação, por acharem fofa, pois isso pode incentivar o animal a continuar com o comportamento.

Confira:

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