Pré-candidatos evitam vínculo com Bolsonaro em campanhas no Nordeste

No âmbito dos estados nordestinos, pré-candidatos têm evitado o vínculo com a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL). A justificativa seria a distância do ex-presidente Lula para o atual chefe do Executivo nas intenções de voto de voto da região. Na Bahia, o União Brasil moveu ação recente contra o Partido dos Trabalhadores (PT) por causa da associação feita entre o pré-candidato ao governo ACM Neto com Bolsonaro.

Na ação acessada pelo BNews, o partido do carlista justifica que o pré-candidato ao governo baiano pelo PT, Jerônimo Rodrigues, ao atrelar a imagem de Bolsonaro com ACM Neto, estaria fazendo “propaganda antecipada negativa”. O movimento do União Brasil foi encabeçado pelo presidente estadual da sigla, Paulo Azi.

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) chegou a multar o PT, PCdoB e o PSB pela associação do ex-prefeito da capital com o chefe do Executivo, em materiais divulgados em pré-campanhas.

No Nordeste, Lula soma 35 pontos à frente de Bolsonaro nas intenções de voto no primeiro turno, 59% contra 24%, segundo os recentes dados de pesquisa do Datafolha, divulgados ontem (29).

Neste cenário, o movimento para desvincular a imagem do atual presidente com pré-candidatura ao governo não acontece apenas em solo baiano. No Piauí, Silvio Mendes (União Brasil) afirmou que não apoia Bolsonaro.

Ainda no Piauí, o diretório estadual do Progressistas acionou o TRE para tentar proibir a circulação de imagens de seus candidatos ao lado do presidente. As ações da sigla são alinhadas pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Em Alagoas, Arthur Lira, que é ministro da Casa Civil e foca em reeleição, deu apoio para um político contrário a Bolsonaro, o senador licenciado Rodrigo Cunha (União Brasil). Com isso, Lira tenta afastar qualquer ligação com o chefe do Executivo e a ala bolsonarista no estado.

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