Vítima de operação policial pode ter sido torturada antes da morte

A operação policial na Vila Cruzeiro, que aconteceu no Rio de Janeiro, já contabilizou ao menos 24 mortos e cinco feridos. Dentre os óbitos, existe a suspeita de que um pode ter sido torturado antes de perder sua vida.

De acordo com o procurador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, que está atuando juntamente com a vereadora Thainá de Paula (PT), há evidência de que um jovem foi obrigado a comer cocaína antes de ser morto, e tal ato se configura como tortura. Rodrigo e Thainá estiveram na comunidade na tarde da última terça-feira (24).

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De acordo com a dupla, o rosto e a boca do homem estavam sujos de pó branco. “Ele foi morto a facadas na mata da Vila Cruzeiro e o corpo ficou à espera de ser levado para o Instituto Médico Legal por umas seis ou sete horas. Se os peritos confirmarem a ingestão de cocaína, a prática se configura como tortura antes da morte”, alegou o advogado.

A OPERAÇÃO

A operação realizada pela Polícia Militar na Vila Cruzeiro tinha como objetivo apreender mais de 50 traficantes, que estariam chegando na localidade em comboio vindo da Rocinha. Os agentes estavam à paisana na comunidade, porém foram descobertos antes da chegada do comboio, e então o confronto armado foi iniciado, só terminando ao meio-dia.

De acordo com a Polícia, ao menos 13 dos 24 mortos eram envolvidos com o tráfico de drogas ou tinham antecedentes criminais. O Ministério Público Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro já abriram procedimentos para apurar as mortes na comunidade.

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