Política

CPI da Coelba: Oposição retira assinaturas de apoio e investigação pode não acontecer

Os oposicionistas têm chamado a CPI da Coelba de “fraude”  |  Divulgação

Publicado em 07/12/2021, às 19h56   Divulgação   Redação BNews

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) decidiu retirar as assinaturas de apoio à abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Coelba. A decisão foi tomada após imbróglio com o bloco governista para indicação à presidência e relatoria do colegiado.

“O que querem nessa CPI é uma investigação ‘chapa branca’, um ‘faz de contas’. Isso nós não podemos aceitar. A forma que a bancada do governo está conduzindo mostra que querem simplesmente atropelar os trabalhos, o que vai de encontro à relação harmônica e respeitosa que temos na Casa. Inclusive, já esperamos alguma manobra para atropelar o bloco da minoria. Se é para ser assim, retiramos nossas assinaturas”, afirmou o deputado Tiago Correia (PSDB), vice-líder da oposição.

Segundo Correia, a oposição deseja uma apuração séria dos fatos apontados, uma vez que há queixas em praticamente todo o estado em relação aos serviços da Coelba. “Nós apoiamos uma apuração séria e responsável, e desejamos participar de forma ativa, e não como coadjuvantes, sem relevância, da forma que estão nos impondo”, ponderou.

O deputado tucano lembrou, ainda, que foi noticiado pela imprensa a existência da proposta de uma reunião a portas fechadas com a Coelba, fato que, segundo o parlamentar, a oposição não tomou conhecimento. “Nós não queremos fazer nada escondido, queremos transparência. Da forma que estão conduzindo, parece que existem outros interesses na instalação dessa CPI. Desta forma, não teremos transparência e não haverá um resultado efetivo, que é o que a sociedade espera de nós, parlamentares”, criticou.

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Impasse da CPI da Coelba

É que há um entendimento na Casa de que a relatoria fique com o deputado Tum (PSC) por ele ter sido o autor do requerimento da CPI. Portanto, sobra a presidência para ser ocupada. "Tum é governo. Oficialmente ele é oposição, mas ele vota com o governo. Não vou deixar eles dominarem tudo", reclamou Régis, em entrevista ao BNews.

A oposição quer indicar o deputado Tiago Correia (PSDB) à presidência da CPI, enquanto os governistas desejam apresentar o nome de Vítor Bonfim (PL). Rosemberg rebate o colega de Legislativo. "Regimentalmente, a oposição não tem número suficiente para indicar a presidência da CPI. Além do mais, eu continuo aguardando, e até agora não vi, a publicação dos nomes dos deputados que irão compor a comissão. Por mais que entenda que deva se ter respeito entre Maioria e Minoria, mas, nesse caso específico, não", disse o petista, em nota enviada à reportagem.

O BNews acessou o regimento interno da AL-BA disponível em seu site, mas não encontrou nada que impedisse a oposição de indicar um nome para presidência de uma CPI. A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Casa sobre a suposta proibição, mas foi informada de que não há informações que fundamentem o argumento de Rosemberg Pinto.

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