Política
Publicado em 07/12/2021, às 18h58 Redação BNews
A PF (Polícia Federal) e o STF (Supremo Tribunal Federal) investigam a ligação entre bolsonaristas e Steve Bannon, ex- estrategista de Donald Trump. Segundo a revista Crusoé, a apuração faz parte do inquérito sobre organização de atos antidemocráticos no Brasil.
No inquérito, a PF indaga o guru bolsonarista Olavo de Carvalho e o assessor especial da Presidência Filipe Martins sobre suas relações com Bannon. Em depoimento, o escritor afirma que conheceu o americano depois que ele apareceu de forma inesperada em sua casa, em 2019, e que, posteriormente, jantou na casa do ex-assessor da Casa Branca para tratar de “assuntos diversos”. Ainda teria ocorrido um terceiro encontro do filósofo com Bannon em um hotel de propriedade de Trump, durante a estreia de um filme a seu respeito.
Em depoimento, Filipe Martins também disse que se encontrou com Bannon em três ocasiões. A primeira teria sido em 2018, quando Trump ainda era presidente. De acordo com o relato, a reunião, em Washington, contou com a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Segundo Martins, o encontro foi para “troca de ideias”. As outras duas reuniões, afirmou o assessor de Bolsonaro, ocorreram em março e setembro de 2019, em agendas oficiais do governo. Indagado, Martins também confirmou à PF que conhece Jason Miller, outro ex-assessor da Casa Branca responsável pela estratégia de comunicação de Trump.
Martins afirma ter se reunido com Miller em duas ocasiões. Disse que quando o conheceu, em 2019, em em Washington, trocou telefones para “futuros contatos”. O segundo encontro foi em Brasília, em julho de 2021, em razão do evento conservador CPAC, do qual Miller participou, assim como o próprio presidente Jair Bolsonaro.
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Steve Bannon se entrega
Steve Bannon entregou-se ao FBI, a polícia federal americana, no mês passado. Ele foi indiciado por desacato ao não cumprir intimações do Congresso para depor sobre a invasão do Capitólio, em 6 de janeiro.
"Estamos derrubando o regime de Biden", disse Bannon, usando o termo frequentemente associado a ditaduras. "Quero que vocês fiquem focados, isso é tudo barulho."
A abertura do processo por desacato foi aprovada pela Câmara dos Representantes em outubro e, então, seguiu para o escritório do procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, nomeado por Joe Biden para o cargo.
Em comunicado, Garland, sob forte pressão, disse que o indiciamento "reflete o compromisso inabalável do Departamento de Justiça com os princípios de cumprir o Estado de Direito, seguir a lei e buscar a Justiça".
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