Política
Publicado em 15/12/2022, às 20h40 Valter Campanato/Agência Brasil Cadastrado por Yuri Abreu
O deputado federal, Alexandre Frota (PROS-SP), cujo mandato na Câmara termina no próximo ano - uma vez que ele não conseguiu a eleição para deputado estadual, em São Paulo - teve a falência civil decretada pela Justiça, devido a uma dívida superior a R$ 1,4 milhão.
A maior pendência é sobre uma dívida de 1995 pelo não pagamento do cheque especial usado junto ao extinto Banco Econômico, segundo o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois.
Em 2006, Frota foi condenado a pagar R$ 88 mil, sujeito a juros e correção monetária. Hoje, a pendência é da ordem de R$ 1,282 milhão.
Além da instituição financeira, Frota cita outras ações judiciais em fase de execução. Terá de pagar valores ao desembargador federal Rogério Favreto, ao delegado federal Rodrigo Moraes Fernandes, ao músico Chico Buarque, entre outros.
Ao cantor e compositor, o deputado foi condenado a pagar R$ 50 mil ao acusá-lo de ter sido beneficiado pela Lei Rouanet. Em agosto, porém, Frota postou em seu Twitter ter quitado a dívida integralmente.
Com relação a Fernandes - responsável pela investigação envolvendo o atentado cometido por Adélio Bispo, em 2018, contra o então candidato Jair Bolsonaro -, o delegado federal venceu ação contra Frota, e tem direito a receber R$ 30 mil. Ele reclamou à Justiça que foi alvo de notícias falsas, que causaram danos a sua imagem.
Quanto a Rogério Favreto, o congressista foi condenado a pagar R$ 50 mil ao desembargador federal, em ação por danos morais após ter divulgado o telefone do magistrado. Favreto foi responsável por conceder um habeas corpus a Lula, em 2018, enquanto o petista ainda estava preso em Curitiba.
Na petição inicial, a defesa do deputado cita que ele está "pressionado psicológica e materialmente", sem encontrar saída senão a ação de falência. "Hoje, inclusive vê seu nome incluso nas listas de restrição de crédito e com protestos em alguns cartórios de protestos e notas de São Paulo", cita o documento.
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