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Filho de bolsonarista que plantou bomba no DF comenta ato terrorista do pai; confira

A esposa do bolsonarista negou que tenha tomado conhecimento da detenção do marido  |  Divulgação / Polícia Civil do DF

Publicado em 25/12/2022, às 12h10   Divulgação / Polícia Civil do DF   Cadastrado por Edvaldo Sales

George Sousa Filho, de 32 anos, filho do bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54, que confessou ter montado um artefato explosivo numa área de acesso Aeroporto Internacional de Brasília, no último sábado (24), disse, ao UOL, que a família era a contra a mudança para Brasília.

Quando o meu pai avisou que iria participar dessas manifestações, imaginamos que daria errado. Eu sabia que ia dar merda", afirmou George Sousa, que é empresário do ramo de gás no Pará.

Ele alugou em novembro um apartamento no Sudoeste, bairro de classe média do Distrito Federal. No local, a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) encontrou na tarde de ontem duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, cinco emulsões explosivas, munições e uniformes camuflados.

A esposa do bolsonarista, Ana Claudia Leite de Queiroz, negou que tenha tomado conhecimento da detenção do marido.

Estou chocada. Isso não pode ter acontecido porque ela era uma pessoa pacifista. O meu marido nunca faria algo assim", disse ao UOL.

Entenda o caso

O suspeito de montar um artefato explosivo, em um caminhão de combustível, próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, na manhã do último sábado (24), foi preso pelo Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na noite de ontem. De acordo com a PCDF, o homem, identificado como George Souza, empresário de 54 anos, participou de manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, em frente ao QG do Exército.

Preso em um apartamento do Setor Sudoeste, o homem teria confessado a intenção de explodir o artefato. O chefe da Polícia Civil do DF, Robson Cândido, disse que o suspeito estocou “um grande material explosivo e muitas armas”.

Na mesma ação que resultou na prisão do homem, a polícia apreendeu pelo menos duas espingardas, um fuzil, revólveres, pistolas, centenas de munições, uniformes camuflados e outras cinco emulsões explosivas.

Além disso, ainda conforme a polícia, George Souza tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular.

Atentado na posse de Lula

George Souza confessou que planejava um atentado para o dia da posse do presidente da República diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acontece em 1º de janeiro 2023.

Diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Robson Cândido disse que George quase cometeu "uma tragédia jamais vista na capital do país" com o “objetivo de chamar atenção para o movimento a favor do atual presidente Jair Bolsonaro".

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