Política

Mesmo com ordem de silêncio, Instituto Lula comenta 60 anos do golpe

O presidente havia vetado qualquer ação sobre o golpe para evitar atrito com as Forças Armadas  |  Rafa Neddermeyer / Agência Brasil

Publicado em 31/03/2024, às 12h32   Rafa Neddermeyer / Agência Brasil   Daniel Serrano

Mesmo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter orientado o silêncio sobre os 60 anos do golpe militar no Brasil, o instituto do próprio petista divulgou uma nota condenando a ditadura, à classificando como "a maior tragédia da história política" do Brasil.

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Em nota divulga neste domingo (31), o Instituto Lula apontou para o retrocesso provocado pela ditadura. "Golpe nunca mais", escreveu a entidade criada pelo presidente e assessores mais próximos depois que ele encerrou seu segundo mandato (2007-2010).

"A maior tragédia da história política do [Brasil] completa hoje 60 anos. Em 31 de março de 1964, instalou-se no Brasil uma longa e brutal noite de terror que interrompeu o rico processo democrático que marcou as duas décadas anteriores", diz o Instituto Lula, em nota

A maior tragédia da história política do completa hoje 60 anos. Em 31 de março de 1964, instalou-se no Brasil uma longa e brutal noite de terror que interrompeu o rico processo democrático que marcou as duas décadas anteriores.

Um golpe contra a democracia e contra o povo! pic.twitter.com/fZns17rgzx

— Instituto Lula (@inst_lula) March 31, 2024

Para evitar um desgaste institucional do governo com as Forças Armadas, Lula vetou qualquer menção ao golpe militar de 1964. Os militares ficaram no poder por 21 anos. Nesse período, os brasileiros não puderam votar para presidente. A democracia só foi retomada em 1985.

Quem também comentou sobre os 60 anos do golpe foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), presa e torturada durante a Ditadura. Ela destacou a importância de se manter a memória da repressão para que não se repita.

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Tags Dilma Rousseff Lula Forças Armadas ditadura militar instituto lula golpe militar

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