Salvador

Licenças de ambulantes para trabalhar no Carnaval são vendidas na internet; Semop repudia

As licenças de ambulantes chegam a ser negociadas por até R$ 800 e a situação está sendo apurada pela pasta responsável  |  Joilson César / BNews

Publicado em 09/02/2023, às 07h49   Joilson César / BNews   Tiago Di Araújo

Em meio à confusão envolvendo os ambulantes, que buscam o credenciamento para trabalhar no Carnaval de Salvador, o que gera longas filas na porta da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), muitos foram surpreendidos com a suspeita de venda de licença nas redes sociais.

Alguns anúncios que circulam pela web, foram flagrados pela reportagem do BNews, e mostram a oferta da autorização para ambulantes, sendo vendida por até R$ 800. O secretário Luciano Ribeiro confirmou que flagrou a situação e pediu apuração da equipe, mas acredita se tratar de informação falsa.

"Eu abri o Facebook e vi nesses sites de venda, alguém oferecendo uma licença para ser vendida. Imediatamente encaminhei para minha equipe para se apurar. Eu acredito que seja fake news, pois todos sabem que essa licença é instransferível, e haverá fiscalização para que as pessoas não façam isso. Mas, quero afirmar que são denúncias de pessoas que tiraram a licença e estão vendendo. Não são pessoas da nossa prefeitura. Mas, com certeza, se houver isso, serão cassadas essas licenças", declarou em entrevista à TV Bahia, na manhã desta quinta-feira (9).

O secretário reforça que foi de conhecimento público que o credenciamento aconteceria apenas de forma online e explica que a limitação de vagas é por uma questão de segurança durante a folia.
"Foi amplamente divulgado que esse credenciamento seria online e não haveria esse credenciamento presencial. Quando você tem a oferta menor do que a procura, nem todos conseguirão a vaga e esse é o grande problema, porque precisamos limitar o número de vagas para conceder essa licença, por diversos fatores, e isso não se trata de uma imposição na secretaria ou na prefeitura, isso é um entendimento com a segurança pública, com os órgãos controladores, para que haja segurança no carnaval, e não se impeça o direito de ir e vir no Carnaval. Os problemas são a partir daí: você tem a oferta menor do que a procura".

No entanto, Ribeiro revela que estuda a possibilidade do credenciamento ser feito de outra forma nos próximos anos. "O processo como está acontecendo é falido e não dá para continuar como está. Estamos buscando opiniões para ter uma forma que amenize essa situação. Só temos a lamentar todo esse fato", afirmou.

 

Questionado sobre a confusão, em que a Guarda Municipal jogou bomba para dispersar os ambulantes, o que gerou correria, o secretário disse que houve uma reação para conter os ânimos, mas que possíveis excessos devem ser apurados e punidos. "A gente só tem a lamentar todos esses fatos, a gente viu que houve um certo estresse, as pessoas tentando invadir a sede da Semop, colocando fogo, jogando pedras, e a reação da guarda civil, que estava lá dentro trancada, quando viu que o portão iria ser arrombado. Essa é a informação que o diretor da guarda. O que nos chegou é que houve uma reação, com objetos de baixa letalidade, apenas sonora, foi o que me passou, o que tem que ser apurado pela corporação, para que o excesso seja punido, e sabemos que nesses momentos de estresse, pode haver dos dois lados".

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