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Puxada pela soja, em 2020, safra baiana de grãos foi a maior em 46 anos, diz IBGE

Agência Brasil
Com uma safra de 10,6 milhões de toneladas em 2020, a maior em 46 anos, foram justamente os grãos que puxaram o crescimento do valor da produção agrícola na Bahia  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 22/09/2021, às 23h20   Redação BNews


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Os cereais, leguminosas e oleaginosas, grupo de 15 produtos comumente chamados de grãos, foram responsáveis por pouco mais de R$ 6 em cada R$ 10 gerados pela agricultura brasileira (62,8% do valor total nacional, ou R$ 295,7 bilhões) e baiana (64,4% do valor total estadual ou R$ 17,7 bilhões). As informações divulgadas nesta quarta-feira (22) mostraram também que entre os anos de 2019 e 2020, o valor da produção agrícola baiana apresentou seu maior crescimento em 26 anos (+41,9%).

Com uma safra de 10,6 milhões de toneladas em 2020, a maior em 46 anos (desde o início da série histórica da PAM, em 1974), foram justamente os grãos que puxaram o crescimento do valor da produção agrícola na Bahia, liderados pela soja. 

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De acordo com os dados apresentados pelo IBGE, no ano passado, o valor da produção baiana de grãos chegou a R$ 17,7 bilhões, 56,5% maior que o de 2019 (R$ 11,3 bilhões) e o mais alto desde o início do Real, em 1994. O estado manteve a 7ª maior participação no valor gerado pelos grãos no país, com 6,0% do total, que foi de R$ 295,688 bilhões. 

Os números da Bahia comparados com o do Brasil cresceu frente a 2019, quando era 5,3% do total. A soja foi o produto agrícola com maior aumento absoluto do valor gerado, na Bahia: de R$ 5,9 bilhões em 2019 para R$ 10,3 bilhões em 2020, um recorde desde a entrada em vigor do Real (mais R$ 4,4 bilhões ou +73,7% em um ano). 

Entre 2019 e 2020, a quantidade de soja produzida no estado também cresceu, passando de 5,3 milhões de toneladas para 6,1 milhões, o que representou um aumento de 14,0% ou mais 748.316 toneladas em um ano. Em 2020, a safra baiana de soja foi a segunda maior em 46 anos (desde 1974), abaixo apenas do recorde verificado em 2018 (6,3 milhões de toneladas).

O crescimento do valor gerado pela soja, muito além da sua produção em volume, se deu por conta do cenário cambial favorável, que teve como consequência o aumento dos preços dessa commodity e uma maior rentabilidade ao produtor, o que, por sua vez, levou a um maior investimento e à expansão das áreas de cultivo.

Ainda de acordo com o levantamento do Instituto, a soja tem a maior safra em toneladas e o maior valor da agricultura baiana. Respondia, em 2020, por R$ 4 de cada R$ 10 gerados pela produção agrícola no estado (37,4% do total). A Bahia é o 7o produtor nacional da oleaginosa, com 5,0% das 121,8 milhões de toneladas colhidas em todo o Brasil, em 2020.

O algodão herbáceo tem o segundo maior valor de produção no estado, gerando, em 2020, R$ 4,4 bilhões (16,0% do valor total da agricultura baiana). Foi também um valor recorde desde o início do Real, com um crescimento de 16,3% frente a 2019 (+R$ 615 milhões). E isso apesar de o volume de produção ter caído um pouco. No ano passado, a Bahia colheu 1,462 milhão de toneladas de algodão, 30,7 mil toneladas a menos do que em 2019 (-2,0%). 

O levantamento mostra que ainda assim, o estado se mantém como o 2º maior produtor de algodão do Brasil tanto em quantidade (20,7% do total nacional) quanto em valor (23,0% do total gerado pelo produto). Só fica atrás de Mato Grosso, que detém 69,2% da produção brasileira de algodão (4,9 milhões de 7,1 milhões de toneladas) e 67,2% do valor gerado pela cotonicultura nacional (R$ 12,8 bilhões de R$ 19,1 bilhões). 

Na Bahia o terceiro produto que mais gera valor para a agricultura baiana foi o milho, que rendeu, em 2020, R$ 2,1 bilhões ou 7,8% de todo o valor agrícola do estado. A safra baiana de milho em 2020 foi de 2,6 milhões de toneladas, 760.097 toneladas a mais do que o colhido em 2019 (+40,3%). Mas a Bahia é apenas o 9º maior produtor de milho do país, com o 8º maior valor de produção.

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