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App criado pela CJ Selecta permite que clientes tenham acesso a histórico ESG da soja vendida pela companhia

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CJ Selecta decidiu criar um aplicativo para mostrar a seus clientes do exterior o histórico ESG da sua soja  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 25/10/2022, às 18h07   Cadastrado por Beatriz Araújo



Considerada um apoio do grupo produtor de derivados de soja para ração sul-coreano CJ CheilJedang, a empresa CJ Selecta decidiu criar um aplicativo para mostrar a seus clientes do exterior o histórico ESG da sua soja. Para isso, a companhia deve apresentar aos consumidores como o grão cultivado no Brasil chega ao produto final e quais os riscos sociais e ambientais aos quais estão submetidos durante este percurso. De acordo com o Valor Econômico, a plataforma tem como objetivo atender às demandas dos consumidores e promover o cumprimento dos requisitos legislativos da Europa.

Além disso, a ferramenta deverá exigir uma espécie de diligência prévia dos produtos agropecuários importados fornecidos pela empresa. Por meio do aplicativo, os clientes da CJ Selecta, cujo a maioria trata-se de indústrias de salmão da Europa, poderão ter acesso a informações sobre a cidade onde ocorreu a produção da soja e até mesmo a respeito do processamento do grão. Somente não será possível acessar os dados específicos de produtores ou fazendas responsáveis pelo processo.

Batizado de Soy Trace, o aplicativo vai levar, ainda, aos clientes, detalhes sobre o nível de risco de desmatamento associado à soja cultivada em cada cidade, bem como dados sobre a pegada de carbono dos municípios, além de possíveis sobreposições da área de cultivo com unidades de conservação, entre elas as terras indígenas e territórios quilombolas.

Os clientes da CJ Selecta também poderão identificar o bioma de origem da soja, já que, em breve, a empresa tem a intenção de deixar de comprar soja oriunda do bioma Amazônia. Atualmente, 9% da soja da companhia é proveniente de fazendas amazônicas, entretanto, não foi ocasionado nenhum desmatamento desde o ano de 2008.

A princípio, os clientes terão acesso a informações apenas da soja não-transgênica que a CJ Selecta compra, grão já certificado. Além disso, será possível acessar documentos sobre análises de transgenia. Em paralelo a isso, a empresa pretende aumentar a cobertura para toda a soja utilizada pela companhia, segundo aponta Patrícia Sugui, gerente de ESG da companhia. “Deveremos ampliar para atender à lei europeia, que deverá passar a exigir essa verificação a partir de 2025”, destacou.

Entre os produtos vendidos pela CJ Selecta está o concentrado proteico de soja (SPC, na sigla em inglês) para ração para indústrias de salmão na Noruega, de camarão e de suínos e aves. Já no que se refere aos pescados, o SPC substitui a proteína de peixes menores usada nas rações. “Já é uma alternativa sustentável, porque o peixe para ração provém de pesca extrativa, ruim para o meio ambiente”, acrescentou Patrícia.

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