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Com investimento superior a R$ 40 mi, empresa especializada em suínos inaugura Núcleo Genético no Brasil; saiba onde

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Foco do Núcleo é mostrar ao mundo que o Brasil pode ser referência na produção e exportação de genética suína  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 14/12/2023, às 10h00   Cadastrado por Verônica Macêdo


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A Topigs Norsvin, empresa especializada em genética suína, inaugurou, no dia 11 de dezembro, o Inovare Núcleo Genético, em Lages (SC), na Fazenda Escurinho, Coxilha Rica. A empresa investiu mais de R$ 40 milhões no empreendimento, com capacidade de alojamento de mais de mil bisavós de alto valor genético e que tem o mesmo formato da Granja Innova, no Canadá, garantindo o alto padrão das operações da companhia.

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O investimento no Brasil expande a capacidade de produção da empresa para dar suporte ao seu crescimento de mercado, acelerar o progresso genético de suas linhas e atender as exigências atuais e futuras da Topigs Norsvin em todo o mundo. Com este plantel será possível diminuir ainda mais o lag genético do mercado brasileiro em comparação ao hemisfério norte.

“Somos uma empresa formada por uma cooperativa holandesa e uma norueguesa, e nosso objetivo é investir em melhorias para a cadeia suinícola, adotando tudo o que há de mais tecnológico em genética suína disponível no mercado. Por isso, seguimos realizando grandes investimentos em todo o mundo”, pontua o diretor de Negócios e Marketing da Topigs Norsvin, Adauto Canedo.

Entre os investimentos mais recentes se destacam a inauguração da Granja Núcleo no Canadá no final de 2022; agora no Brasil, o Inovare Núcleo Genético, e para 2024 a nova Central de Testes de machos, Delta Noruega.

Inovare Núcleo Genético

O projeto Inovare Núcleo Genético foi construído dentro de uma área de 100 hectares e deve ocupar 10% desse espaço, localizado em uma região de reflorestamento entre as cidades de Lages e Capão Alto (SC).

Entre a concepção do projeto e sua completa execução foram dois anos para a construção do Núcleo de Lages. O empreendimento atenderá ao crescimento da demanda no Brasil, que atualmente é um dos cinco principais mercados da companhia no mundo, com um share de 34%, além de ser um dos maiores exportadores de genética suína para a América Latina. Com este investimento, o país estará na vanguarda de projetos de pesquisa e desenvolvimento, produção e exportação de material genético de alta qualidade.

O diretor regional América Central e do Sul da Topigs Norsvin, André Costa, explica que o investimento integra uma série de ações da empresa no mercado brasileiro nos últimos cinco anos, e que tem como base o planejamento estratégico global da Topigs Norsvin, principalmente para o Brasil e demais países da América do Sul, América Central e Caribe. Foram investidos na base do planejamento estratégico da empresa mais de R$ 60 milhões no Brasil nesse período.

Ainda, segundo o diretor, o Brasil foi classificado dentro do planejamento estratégico global da Topigs Norsvin como mercado-chave junto com outros quatro países: Estados Unidos, Espanha e China. Foi em função desse olhar da matriz para o mercado nacional que os investimentos foram realizados na região, tendo como objetivo consolidar a Topigs Norsvin como líder no mercado de genética suína no Brasil, já nos próximos cinco anos, tanto na linha de fêmeas quanto de machos terminadores.

“Desde 2019 estamos nos preparando e realizando grandes investimentos, como a Estação Quarentenária de Cananéia (SP), onde está localizado o quarentenário oficial para importação de material genético. Investimos também na Central de Produção de Sêmen para que pudéssemos disseminar esse material de forma rápida e mais eficiente possível, além da importação de animais de alto valor genético, tanto do Canadá quanto da Noruega”, declara Costa.

O diretor Geral da Topigs Norsvin Noruega, Olav Eik-Nes, afirma estar muito orgulhoso do projeto e em tudo que será conquistado a partir da inauguração. Segundo ele, cerca de 160 milhões de suínos abatidos no mundo tem a genética Topigs Norsvin e que a companhia investe todos os anos cerca de 30 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento, sempre pensando na implementação de produtos que sejam competitivos.

“Somos únicos no que fazemos, pois investimos em pesquisa mais do que nosso lucro bruto (EBITDA), o mesmo nos investimentos de CapEX (Capital Expenditure). Com isso buscamos que nosso progresso genético e criação de valor sejam superiores, sempre com um olhar para as necessidades e demandas dos nossos clientes. Exatamente por isso nossas vendas vão crescendo nos mercados em expansão e que se tornam cada dia mais importantes na produção de suínos, do mesmo modo que se mantém estáveis onde a suinocultura tem sido reduzida”, destaca Olav Eik-Nes.

Brasil como plataforma de exportação genética

Agora, a empresa inaugura o Inovare Núcleo Genético como forma de ampliar a capacidade de produção no Brasil a fim de atender o crescimento de mercado previsto para os próximos anos. “Porém, por trás desse objetivo, esperamos transformar o Brasil na principal plataforma de exportação de genética para os países das Américas Central e Sul e do Caribe”, frisa Costa.

O Brasil possui acordos sanitários com grande parte dos países dessas regiões, com exceção do Peru e Equador. Dessa forma, o Inovare Núcleo Genético se torna uma base de exportação. Atualmente já existe uma exportação bastante expressiva para a Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Com o Inovare será possível expandir para os demais países, como Chile, Colômbia e Venezuela.

Quando estiver em plena operação, a empresa espera crescer pelo menos um ponto percentual a cada ano nos próximos cinco anos, consolidando a liderança no mercado brasileiro de genética suína, posto que ocupa há alguns anos.

O diretor de Produção e Logística e líder do projeto, Leocir Macagnam, destaca o cuidado com as questões sanitárias. “Contamos com o apoio de Lages e da cidade vizinha, Capão Alto, para que fossem estabelecidas leis que não permitem a instalação de granjas comerciais em um raio de 10 quilômetros do Inovare Núcleo Genético, aumentando substancialmente a proteção sanitária ao plantel alojado”, conta.

Na execução do projeto, a empresa atendeu a todos os requisitos de biosseguridade exigidos para a implantação de novas Granjas Núcleo, Unidades de Distribuição de Genes (UDG) e Granjas Multiplicadoras, buscando fortalecer os programas globais de biosseguridade e atender ao padrão global de monitoramento SPF (Specific Pathogen Free).

Além disso, atendeu aos critérios de distância de tráfego de suínos em rodovias, raio com ausência de suínos, densidade de suínos, distância de frigoríficos, depósitos de lixo e aglomeração de animais.

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