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Dona da Piraquê perde quase R$ 700 milhões em uma semana por causa de guerra na Ucrânia; entenda

Divulgação/Piraquê
Dependente do trigo, a dona da Piraquê tem visto suas ações despencarem na B3  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Piraquê

Publicado em 03/03/2022, às 19h37   Redação BNews


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A fabricante de massas secas e biscoitos M. Dias Branco, dona de marcas difundidas no Brasil, como Adria, Piraquê e Vitarella, tem sofrido quedas bruscas nos valores das suas ações na B3 desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Isso porque a empresa é altamente dependente do preço das commodities agrícolas, principalmente do trigo. 

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Ao todo, a M. Dias Branco já perdeu R$ 681 milhões em valor de mercado em apenas uma semana. No dia 23 de fevereiro, um dia antes da invasão russa, a ação da empresa fechou em R$ 23,75, já bem abaixo da máxima dos últimos 12 meses (R$ 31,57). Nos últimos sete dias, no entanto, houve uma queda de R$ 8,5%.

O principal fator para o recuo é o receio dos investidores quanto ao impacto da guerra na linha de custos da empresa, já que a Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de grãos, respondendo por 31%, 29% e 19% do comércio global de cevada, trigo e milho, respectivamente.

Os bloqueios podem prejudicar ainda o mercado de soja devido aos efeitos em cascata do papel fundamental que a Ucrânia e a Rússia desempenham no comércio de óleo de girassol (60% e 78% do produção e exportações globais) que podem fazer com que a demanda mude para óleos comestíveis concorrentes, como palma e soja.

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